Com estadual quase resolvido, Santos foca na Libertadores
Muricy convoca torcida para jogo decisivo contra o Bolívar, na noite de quinta
“Estamos acostumados a jogar duas competições ao mesmo tempo, isso aconteceu no ano passado’, disse o técnico Muricy
O Santos praticamente definiu a conquista do título paulista ao vencer o Guarani por 3 a 0, mas terá ainda nesta semana uma outra decisão pela frente. Na quinta-feira, faz o jogo de volta contra o Bolívar, pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América, com a missão de reverter a derrota de 2 a 1 que ficou engasgada em La Paz. O técnico Muricy Ramalho pede um apoio especial da torcida para a virada. “A gente espera que a torcida lote a Vila. É importante que ela pressione o Bolívar, mas só na arquibancada. Teremos um adversário bom, organizado, que virá fechado, é melhor que o outro boliviano que enfrentamos anteriormente”, afirmou o treinador, mencionando o The Strongest, rival do time na fase de grupos do torneio sul-americano.
Na visão de Muricy Ramalho, a grande preocupação é a vantagem física do Bolívar, que já está em São Paulo em preparação para a decisão. Ainda assim, o treinador aposta na experiência do grupo que passou pelas mesmas dificuldades na edição passada da Libertadores. E, obviamente, na qualidade técnica de uma equipe que é liderada pela dupla Neymar e Paulo Henrique Ganso. “A equipe deles está descansando, enquanto nós estamos jogando durante todo tempo, é difícil. Mas estamos acostumados a jogar duas competições ao mesmo tempo, isso aconteceu no ano passado’, relembrou. O Santos pretende se aproveitar de uma motivação especial para buscar a virada contra o Bolívar. Os jogadores reclamaram bastante do tratamento recebido em La Paz;
Na partida de ida, os santistas ficaram irritados sobretudo com os objetos arremessados pela torcida no campo. Nas últimas vezes em que foi provocado, Neymar castigou os rivais com dribles e gols – e ele mesmo admitiu, em entrevista coletiva na semana passada, que joga até melhor quando acontece algum episódio desse tipo. “Isso é costume em La Paz, no Paraguai, na Colômbia, em várias partes da América do Sul”, disse Muricy sobre os objetos lançados ao gramado. “Mas aí não é futebol, é guerra. A Conmebol deveria fazer algo, pois sempre acontece isso. No Brasil, não ocorre, porque o time perde muitos mandos de campo se a torcida se comportar assim”, respondeu o técnico ao ser questionado sobre o assunto por um repórter boliviano presente ao Morumbi no domingo.
(Com agência Gazeta Press)