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Ex-rival de Cigano admite doping. E diz que foi sem querer

Holandês Overeem disse que médico receitou remédio que tinha testosterona

Por Da Redação
23 abr 2012, 13h50

“Embora não soubesse, sei que é o meu trabalho saber o que estou colocando em meu corpo”, admitiu Overeem em comunicado

Depois do presidente Dana White anunciar, no fim de semana, que o americano Frank Mir será o novo desafiante do brasileiro Junior Cigano, em maio, em Las Vegas, o holandês Alistair Overeem, que seria seu adversário na luta, enfim admitiu que ingeriu substâncias proibidas. Overeem afirmou, porém, que o doping aconteceu “sem querer” e culpou seu médico pelo uso da substância proibida. Overeem afirmou ainda que pediu para ser retirado do card, com intuito de provar que não faz uso de substâncias ilegais. “Sou um lutador limpo e farei o que for preciso para provar isso a todos”, disse ele, que já era alvo de suspeitas sobre doping antes mesmo de ser flagrado.

Alistair Overeem explicou que antes da coletiva do UFC 146, quando aconteceu o teste de doping surpresa, teve uma lesão na costela agravada. Seu médico receitou antiinflamatório misturando à testosterona. “Estava completamente inconsciente de que a testosterona foi um dos ingredientes do medicamento. Embora não soubesse, percebo que é o meu trabalho saber o que estou colocando em meu corpo.” Mesmo admitindo que ingeriu substâncias proibidas sem saber, Alistair Overeem será julgado pela Comissão Atlética do Estado de Nevada nesta terça-feira e deve ser suspenso por alguns meses. “Respeito os membros da Comissão de Nevada, o diretor executivo Keith Kizer e o que eles estão fazendo para manter o esporte das artes marciais mistas regulado e seguro para os atletas. Estou ansioso para trabalhar com eles nos próximos dias e semanas.” Enquanto isso, Junior Cigano aproveitou para alfinetar Overeem. “Agora, com o novo adversário teremos um combate justo, onde o melhor sairá vencedor”, escreveu o campeão no Twitter, ao ser questionado por fãs sobre o que achava de Frank Mir. “Enfrentar um perigo real é mais honroso do que passar por um perigo artificial.”

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