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William: de adolescente tímido a principal rosto da nova coroa britânica

Aos 28 anos, com graduação superior e treinamento militar, William Arthur Philip Louis está pronto para renovar a imagem da monarquia

Por Carol Carvalho
24 abr 2011, 09h50

Do garoto que sonhava em ser policial ao adolescente tímido que perdeu a mãe de forma trágica, o príncipe William Arthur Philip Louis se transformou num dos membros mais bem sucedidos academicamente da dinastia Windsor – dos poucos a se diplomar em uma universidade – e também num confiante piloto da Força Aérea Real britânica. Primogênito do príncipe de Gales, Charles, e da já falecida Lady Diana Spencer, William nasceu em 21de junho de 1982 no Hospital St. Mary’s, em Londres. Hoje, tem 28 anos e uma nova fase pela frente, ao lado da plebeia Kate Middleton. Nesta etapa, deve se tornar o principal rosto da coroa britânica, por cujo rejuvenescimento irá responder.

Nem sempre foi de harmonia a relação entre William e sua herança real, no entanto. Quando criança, o príncipe relutava em aceitar a ideia de subir ao trono. Num episódio que ficou famoso, disse à mãe que queria ser policial, no que o caçula Harry retrucou: “Você não pode, porque vai ser o rei”. Apesar do desconforto gerado pelo peso da coroa que o aguardava, William, o segundo na linha de sucessão do trono britânico, se preparou para assumir a missão. Frequentou instituições de ensino da elite inglesa, recebeu treinamento militar e deu sequência ao trabalho social desenvolvido pela mãe.

Infância e adolescência – Na companhia do pai, príncipe Charles, William e o caçula Harry praticaram atividades típicas da monarquia, como a caça, a pesca e a montaria em cavalos. Já com a princesa Diana, eles passearam na Disney e fizeram lanches em redes de fast food, mas também visitaram clínicas dedicadas aos portadores de HIV e abrigos para mendigos. “Eu quero que eles compreendam as emoções, inseguranças, angústias, esperanças e sonhos das pessoas”, declarou Diana em entrevista ao canal norte-americano ABC.

Em janeiro de 1987, William iniciou os estudos na Escola Wetherby, na parte oeste de Londres. Diana era quase sempre vista deixando o filho no colégio. Aos oito anos, ele passou para a Escola Ludgrove, onde ficou até em 1995, quando entrou para Eton – famosa pela tradição militar e por ter formado dezoito primeiros-ministros. O príncipe se mostrou um atleta nato, chegando a capitão dos times de rúgbi e hóquei, e também habilidoso para natação, futebol e basquete, corrida e esqui.

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Separação e morte – Ainda no período escolar, William testemunhou a conturbada separação dos pais e a morte trágica da mãe, num acidente de carro em Paris, em 31 de agosto de 1997. William era o fiel confidente, a “alma gêmea” da princesa Diana, de acordo com a Vanity Fair. A revista americana descreveu certa vez uma cena em que, aos oito anos, William passou, por baixo da porta do banheiro, lenços de papel para a mãe, que chorava copiosamente após uma briga com Charles.

Coube ao pai a tarefa de informá-lo sobre a morte de Diana. William e Harry caminharam junto ao cortejo fúnebre da mãe, no velório realizado na Abadia de Westminster – Diana foi enterrada em propriedade paterna em Northamptonshire. Na época, a família real firmou um acordo de cavalheiros com a imprensa britânica: em troca da privacidade de William em seus anos escolares, o porta-voz oficial da realeza passaria informações aos jornalistas de eventos oficiais da monarquia, incluindo fotografias.

Caridade e imagem – No intervalo entre a escola e a universidade, William consolidou sua imagem de bom moço em viagens para Belize, na América Central, dentro de expedições do Exército britânico, e em idas ao Chile como voluntário da instituição Raleigh International. O príncipe ainda realizou viagens a países africanos. Nesse ano sabático, ele trabalhou também numa fábrica de laticínios no sudoeste da Inglaterra, onde recebia pouco mais de 5 reais por hora, e acordava de madrugada para ordenhar vacas. Em entrevista dada à época, ele disse ter sido o local onde mais se divertiu – demonstrando a mesma disposição da mãe para lidar com diferentes classes sociais.

Nos anos seguintes, o príncipe voltou a se envolver com grandes eventos de caridade. Em 2004, organizou com o irmão uma partida de polo beneficente para as vítimas do tsunami na Ásia, arrecadando quase 103.000 reais. Também com Harry, ajudou a montar pacotes de ajuda para sobreviventes da tragédia, num centro da Cruz Vermelha. Em 2005, novamente seguindo os passos de Diana, William se tornou patrono da ONG de apoio a crianças Centrepoint – uma das várias organizações que coordena. Quatro anos depois, dormiu uma noite nas ruas de Londres, junto a outros voluntários, como um sem-teto, em virtude de evento organizado pela caridade.

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Graduação e treinamento – O destino amoroso de William poderia ter sido outro, se o pai não o tivesse convencido a permanecer estudando. Em entrevista concedida em 2003, por ocasião de seu aniversário de 21 anos, o príncipe disse ter pensado em largar os estudos na universidade escocesa de St. Andrews, onde engatou namoro com Kate Middleton, mas ter sido dissuadido por Charles. A própria Kate, aliás, ofereceu o ombro durante a crise do príncipe. Ela o aconselhou a mudar de curso – de história da arte por geografia – e insistir nos estudos. Antes de namorados, Kate e William foram amigos, e chegaram a dividir uma casa.

O romance evoluiu em paralelo à graduação e ao treinamento militar na Academia Militar Real de Sandhurst, que veio depois e foi seguido pela Cavalaria em Berkshire. William foi enviado para o Vale da Força Aérea Britânica, em Anglesey, onde se formou piloto de busca e resgate. Em 2010, ele representou a rainha Elizabeth II em sua primeira viagem oficial ao exterior, para a Nova Zelândia e a Austrália. E, no final do mesmo ano, dois dias após o anúncio do noivado com Kate Middleton, o príncipe se juntou a tropas britânicas no Afeganistão numa homenagem aos mortos em guerras.

O anúncio do noivado, aliás, só foi feito depois que William e Kate firmaram a relação, que chegou a desandar em 2007, quando se separaram por meses. O pedido de casamento foi feito no Quênia, durante as férias de outubro de 2010 – e fez aumentar o turismo no local em que William deu a Kate o anel de noivado que foi da sua mãe. “O anel é minha maneira de garantir que ela não está ausente da emoção deste dia”, disse William. Definitivamente, suspiram as fãs, um príncipe.

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