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Vendas da SP-Arte 2015 superam as expectativas

Não que tenha sido um fenômeno. Mas, perto do que esperavam galeristas, a coisa foi até boa

Por Da Redação
14 abr 2015, 10h59

Apesar do clima de incerteza econômica, galeristas afirmaram que as vendas na SP-Arte 2015, a Feira Internacional de Arte de São Paulo, encerrada neste domingo no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, superaram as expectativas.

“O mercado de arte é muito específico e não é termômetro para o que acontece no país”, justifica Marília Razuk, representante do escultor Amilcar de Castro (1920-2002), grande destaque de seu estande. A galerista considera, sem mencionar valores, que a feira de 2015 tenha alcançado movimentação parecida com a da edição anterior. “Pode ter sido um pouco menor, mas não podemos nos queixar”, diz Marília, completando que os colecionares — em sua maioria, “mais abastados e já iniciados” — não estavam inseguros na hora de comprar.

A paulistana Luisa Strina, que vendeu diversas obras de Anna Maria Maiolino, também avaliou que foi constante o ritmo de negociações no espaço de sua galeria.

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Entretanto, a representante no país da Galeria Van de Weghe de Nova York, Luciana Junqueira, teve uma percepção diferente. “Tivemos uma movimentação de vendas bem menor que no ano passado, cerca de metade”, diz Luciana. O estande da nova-iorquina tinha I Love You But I Don’�t Like You, um grande trabalho circular vermelho de 2,13 metros de diâmetro do astro britânico Damien Hirst, como sua obra mais procurada. “Não foi vendida”, conta a representante da Van de Weghe. A peça é avaliada em 950 000 dólares (aproximadamente, 2,968 milhões de reais). “Viemos para a feira bem receosos, mas conseguimos fazer vendas e contatos que fizeram valer a nossa participação”, explica Luciana, destacando a venda de um desenho de Lucio Fontana de 1965.

Para se ter uma ideia, a SP-Arte movimentou cerca de 250 milhões de reais no ano passado, calcularam seus organizadores. Segundo a diretora da feira, Fernanda Feitosa, ainda não é possível prever os valores de vendas ocorridas em 2015 — o cálculo é feito a partir do montante de isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) estipulada por decreto da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo para os cinco dias do evento (em 2014, foram 100 milhões de reais). Para a diretora da feira, que teve a participação de 140 galerias (delas, 57 estrangeiras), a faixa de preço das obras expostas não tem aumentado. Fernanda discorda que o evento tenha recebido, cada vez mais, peças milionárias, mas era possível, por exemplo, encontrar uma pintura de Alfredo Volpi avaliada em 5 milhões de reais.

De dado concreto, entretanto, Fernanda Feitosa comemora o aumento de 5% de visitação do público em relação ao ano passado. Este anom, a feira recebeu 23 000 pessoas. “Tivemos também 30% de visitantes a mais no primeiro dia da SP-Arte”, conta. Para a advogada, que promove o evento desde 2005, mais estrangeiros passaram por lá desta vez — dentre eles, setenta colecionadores de fora.

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(Com Estadão Conteúdo)

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