Vendas da SP-Arte diminuem 11% em 2015
Apesar dos incentivos fiscais, a feira de arte não conseguiu driblar a crise e teve uma queda nas vendas de obras em relação à edição anterior
A 11ª edição da SP-Arte, que aconteceu de 9 a 12 de abril no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, em São Paulo, cercou-se de um clima de incerteza econômica por parte dos galeristas, que não alimentaram grandes expectativas em relação às vendas das obras. O que já era temido foi confirmado pelo balanço oficial da feira, divulgado nesta quarta-feira: o valor de 140 milhões de reais arrecadados neste ano não conseguiu nem sequer empatar com os 157 milhões de reais em vendas da edição de 2014.
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Apesar dos benefícios fiscais concedidos pelo governo estadual, com abatimento do Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), o percentual de vendas diminuiu cerca de 11%. Poderia ser pior, mas a queda é significativa tendo em vista o investimento agregado para esta edição da feira, que pela primeira vez ocupou todo o prédio do Pavilhão e obteve autorização do Ministério da Cultura para captar 5,7 milhões de reais.
Com 140 galerias, representantes de dezessete países, e um público de 23 000 pessoas, a SP-Arte contou, além das obras expostas para negociações, com uma agenda de palestras sobre diversos temas do mundo da arte e catrorze performances de doze artistas.
(Da redação)