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Tom político ganha força em novo ‘Jogos Vorazes’

Em ‘Jogos Vorazes: Em Chamas’, estreia desta sexta, personagem de Jennifer Lawrence ressurge perturbada e se torna símbolo de uma revolução popular

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 nov 2013, 08h39

Apontada como substituta de Crepúsculo ou Harry Potter no nicho infantojuvenil, a franquia Jogos Vorazes provou, logo no primeiro filme, lançado em 2012, que nada tem a ver com os seus antecessores na preferência dos adolescentes. Se alguma dúvida restava, ela deve ser sanada com o aguardado Jogos Vorazes: Em Chamas, que chega aos cinemas do Brasil nesta sexta-feira, antes do restante do mundo. A combinação de um bom elenco, uma história interessante e um orçamento generoso faz com que o novo longa da série entre para o patamar dos clássicos que entretêm sem deixar de fazer o espectador pensar.

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Baseado no segundo livro da trilogia escrita por Suzanne Collins, composta por Jogos Vorazes, Em Chamas e A Esperança, o longa não faz alterações drásticas na história que é relatada no papel: traz apenas sutis adaptações que deixam o roteiro mais coeso e fluído. Mas, comparado ao primeiro filme da saga, que arrecadou mais de 690 milhões de dólares em bilheteria pelo mundo, a história de Em Chamas adota um tom mais político, em que sobressaem críticas ao governo ditatorial e começa a ser expressa uma insatisfação popular com o regime, a faísca para uma revolução.

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Após vencer de modo controverso a 74ª edição do reality show Jogos Vorazes, ao lado de Peeta (Josh Hutcherson), Katniss (Jennifer Lawrence) passa a ser um modelo de coragem para a população, emocionalmente esgotada pelo regime autoritário de Snow (Donald Sutherland). Mas ela passa também a se ver nas mãos do tirano, que enxerga na jovem uma ameaça a seu sistema de dominação. Ciente do risco que corre, Katniss tenta se comportar. No entanto, a sua conduta impulsiva, combinada ao descontentamento popular, leva o país à iminência de um levante. Para conter o problema, o estrategista Snow faz uso do Massacre Quaternário – como são chamados os jogos “comemorativos” dos 75 anos do reality -, para levar à arena televisada um casal de tributos de cada distrito, sorteado entre o hall de vencedores da história dos jogos. Como Katniss é a única mulher a vencer os Jogos Vorazes no Distrito 12, logo ela está automaticamente de volta ao combate.

Seguindo o ritmo dos livros, os roteiros dos filmes tendem a ficar cada vez mais cruéis e emotivos. Enquanto em Jogos Vorazes o choque reside em assistir a adolescentes matarem uns aos outros – única forma que têm de vencer o reality show Jogos Vorazes e sobreviver -, dessa vez a presença de alguns idosos debilitados provoca efeito idêntico, ou até pior, no espectador. Apesar disso, as cenas de violência seguem contidas, para que o público na faixa dos 13 anos, censura estipulada para o filme nos Estados Unidos, possa ir ao cinema.

https://youtube.com/watch?v=efAcxZCnnA0%3Flist%3DUUJmCTfaqgP5AWqfQCF21fPg

Repleto de estrelas premiadas, entre elas a atriz Jennifer Lawrence, vencedora do Oscar por O Lado Bom da Vida (2012), como a protagonista Katniss, o filme tem o reforço dos atores Philip Seymour Hoffman, ganhador do Oscar de melhor ator em 2006, pelo filme Capote (2005), como o personagem Plutarch, e dos jovens Sam Claflin e Jena Malone, como Finnick e Johanna, respectivamente. Apesar do amplo elenco de apoio, o brilho continua com Jennifer, que faz jus ao título de jovem atriz do momento ao encarnar com competência uma personagem perturbada e deprimida pelos fatos ocorridos no longa anterior. Quem também merece destaque é Donald Sutherland, intérprete do presidente Snow, que apanha com brilhantismo a veia sádica e levemente psicótica do tirano comandante do país fictício de Panem.

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Com uma arena mais mortal e elaborada, o filme pedia por uma produção e efeitos visuais mais caros, solicitações que foram concedidos pelo sucesso do primeiro longa. De 78 milhões de dólares, o orçamento do segundo pulou para 140 milhões. Já o diretor Francis Lawrence conduz com segurança o roteiro, mas peca no excesso de trilha sonora instrumental, que tenta deixar o filme épico, mas beira o brega. Outro ponto forte é a qualidade da fotografia, que, mesmo em um cenário de tristeza e destruição, consegue extrair uma sutil beleza no meio do caos.

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