Sex symbols e suas barriguinhas ‘positivas’
Até os anos 60, a obsessão pelo abdômen chapado ainda não afetava atrizes e modelos famosas. Sophia Loren, Anita Ekberg e Catherine Deneuve são algumas das beldades retratadas
No verão, a busca pelo corpo perfeito aumenta as discussões em torno dos padrões de beleza. Tratamentos estéticos que prometem milagres e o apelo das academias, que misturam ritmos e modalidades esportivas em busca da maior queima calórica, alimentam essa corrida que, não raro, prejudica a saúde das adeptas mais fervorosas – recentemente, a apresentadora Andressa Ulrach passou um mês internada na unidade de terapia intensiva (UTI) após uma aplicação de hidrogel.
O ideal de beleza que valoriza o abdômen tanquinho ou a radical ‘barriga negativa’, tão distante da realidade da maioria das mulheres, não afetou as estrelas de Hollywood até meados do século passado. Nas décadas de 50 e 60, símbolos sexuais como Marilyn Monroe e Sophia Loren desfilavam suas charmosas (ainda que bem discretas) barriguinhas salientes. Uma delas é a atriz sueca Anita Ekberg, protagonista de La Dolce Vita (A Doce Vida), do cineasta italiano Federico Fellini, que morreu no último dia 11.
Reprodução/Instagram
Sem os recursos do Photoshop, as imagens retratavam com mais fidelidade as curvas femininas, que em nada atrapalhavam a fama de sex symbol de atrizes de Hollywood, modelos e pin-ups.
No final da década de 60, a magreza da modelo inglesa Twiggy foi incorporada aos padrões de beleza e os corpetes, acessórios que apertavam a cintura das mulheres até então, começaram a dar lugar à barriga chapada à base de dieta e exercícios.
A expressão ‘barriga negativa’ se popularizou quando a modelo sul-africana Candice Swanepoel exibiu seu abdômen côncavo no Instagram, em 2012.