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‘Ser indicado ao Oscar é surreal’, diz Bradley Cooper

Em mesa-redonda no Festival de Berlim, onde 'Trapaça' foi exibido na noite desta sexta, galã falou da virada na carreira realizada nos últimos anos

Por Mariane Morisawa, de Berlim
8 fev 2014, 07h18

Cinco anos atrás, Bradley Cooper era só o bonitão de Se Beber, Não Case!. Seis anos atrás, nem isso: no máximo, era lembrado como o melhor amigo da agente secreta vivida por Jennifer Garner no seriado Alias, da ABC. Nesse pouco tempo, ele deu uma virada na carreira. Foi indicado ao Oscar em dois anos seguidos: em 2013, na categoria principal, por O Lado Bom da Vida, e agora, como coadjuvante, por Trapaça, que concorre a outras nove estatuetas e está em cartaz no Brasil. Ambos são dirigidos pelo nova-iorquino David O. Russell. No filme, exibido em uma sessão de gala especial no Festival de Berlim na noite desta sexta-feira, Cooper, 39, é o agente Richie DiMaso, que obriga os trambiqueiros (e amantes) Irving (Christian Bale) e Sydney (Amy Adams) a colaborar com o FBI na investigação de escândalos financeiros que envolvem políticos. O ator participou de uma mesa-redonda com a imprensa internacional, à qual o site de VEJA teve acesso. Confira os melhores momentos:

Trapaça está indicado a dez Oscar, em um ano bem competitivo. Não sinto como uma competição. É muito divertido participar de tudo isso. Mesmo quando você está sentado lá e seu nome não é chamado, não sente como se tivesse perdido. É um privilégio fazer parte disso.

Mas você não tem de fazer campanha? Depende. No ano passado, eu fiz, porque o sentido disso tudo é levar mais pessoas para os cinemas. O Lado Bom da Vida realmente se beneficiou disso. Em Trapaça, o elenco é mais famoso, senti que não precisava fazer tanta campanha.

Você ficou muito famoso com Se Beber, Não Case!. Foi difícil fazer a transição para projetos sérios? Realmente acho que tive muita sorte. Todo mundo me dizia que eu tinha de me acostumar porque sempre ia ser visto como o cara de Se Beber, Não Case!. Acho que, por ingenuidade, nunca pensei nisso. E por sorte fiz um filme chamado Sem Limites, que foi muito bem e abriu as portas para eu ter a oportunidade de estar em O Lado Bom da Vida, O Lugar Onde Tudo Termina e agora Trapaça. Mas poderia ter ido por outro caminho.

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Mas essa mudança foi rápida, do bonitão de Se Beber, Não Case! para o ator indicado duas vezes ao Oscar. Ser indicado para um Oscar é maluco. É surreal. Mas para mim Se Beber, Não Case! era sofisticado, principalmente o primeiro. E como ator o trabalho era tão difícil quanto o dos dramas que faço. Phil era diferente de mim, comédia tem ritmos específicos.

‘Trapaça’ triunfa com humor refinado e personagens instigantes

O que achou de interessante em Richie DiMaso? Na verdade, o projeto não começou com o personagem. Começamos a falar sobre o roteiro de Eric Singer, sobre o caso Abscam (em que um trambiqueiro ajudou a polícia a prender alguns políticos na década de 1980). Aí, quando criamos o antagonista, sim, passamos a falar sobre a minha participação. E também pensamos que era uma oportunidade de me ver de uma maneira diferente, esteticamente.

Richie DiMaso é muito ambicioso. Você se identificou com ele? Sua ambição é idealista. Não é para ganho pessoal. Richie quer fazer o certo. Parece um garoto de 12 anos. É petulante, grita com as pessoas, fica frustrado, não sabe o que fazer com uma mulher. Ele se apaixona por quem acha que Sydney é, mas se comporta como um garoto.

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Como foi ter aquele cabelo? Quantas vezes vocês tiveram de parar uma cena porque estavam com vontade de rir? Nenhuma. A gente ria o tempo todo, mas não por causa do cabelo. Cada um tinha uma coisa diferente: Chris tinha aquele penteado para esconder a careca, Amy precisava usar uns vestidos com uns decotes gigantes. E todos levavam a sério.

Era seu cabelo de verdade? Era! Eu enrolava todos os dias. Adorava. Parecia uma cama elástica.

Trapaça é o segundo filme que você faz com David O. Russell. Acha que vai ser uma parceria duradoura? Nunca dá para prever o que vai acontecer. Mas acho que nos encontramos no momento certo das nossas vidas – de nossa vida profissional e de nossa vida pessoal. As mesmas coisas nos empolgam, como, por exemplo, o comportamento humano. E adoro o processo dele de trabalho. Já desenvolvemos uma maneira de nos comunicarmos que prescinde de palavras. Eu olho para ele e sinto o que ele quer.

Para quem está de fora, o processo do David O. Russell parece um pouco caótico. Ele pode falar durante a cena, por exemplo. Não sinto que é caótico. Para mim, parece rítmico. Como jazz.

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