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Sem sexo e álcool, o Big Brother perde força

Produção limita bebida e participantes se afastam do edredom. Resultado é um reality show pacato e com audiência em queda

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jan 2012, 17h25

Normalmente as festas têm doses de álcool capazes de embalar um pequeno bloco de carnaval. Mas desta vez a produção foi mais contida

Depois da polêmica da suspeita de abuso sexual dentro da casa do BBB, os participantes da casa e a produção vivem uma espécie de ressaca moral. E o resultado na audiência é imediato. Depois de alcançar um pico de audiência na semana em que Daniel foi expulso, considerado culpado pela Rede Globo no episódio do edredom com Monique, o Big Brother perdeu força – despencou da casa dos 30 pontos de audiência para 16, uma de suas marcas mais baixas. O que mudou na casa? Quem acompanha o pay-per-view, com direito a devassar as festas e as noites dos ‘brothers’, já sabe: os participantes estão mais cautelosos, mantêm distância do edredom e a produção fornece menos bebida – não necessariamente nessa ordem.

Desde o dia seguinte à expulsão de Daniel, o programa sente o baque. Os participantes se comportaram como se nada tivesse acontecido na casa, apesar da saída repentina do modelo. O clima das conversas ficou estranho, os BBBs amuados e a casa se comportava como uma eterna Quarta-Feira de Cinzas.

A prova de que os BBBs perceberam o problema foi a aversão ao edredom que se criou na casa. A festa burlesca armada pela produção para a noite de sábado bem que tentou. Mas os confinados não se animaram e quem estava em casa ficou com aquela sensação de “ainda bem que não fui convidado”.

Pouco depois da 1h, Renata, a loura que se envolveu com o bonitão Jonas, chorava pelos cantos. Jonas é um dos participantes que fez vídeos eróticos – o outro é Yuri – e faz sucesso com o público gay. Diante da ausência de cenas melhores, o chororô ganhou atenção das câmeras, e em vez de gente animada, quem pagou pelo pay-per-view foi obrigado a se divertir com João Carvalho, Rafa e Monique consolando a pobre moça.

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Normalmente as festas têm doses de álcool capazes de embalar um pequeno bloco de carnaval. Mas desta vez a produção foi mais contida, deixou apenas um ‘cooler’ de bebidas para os 14 reféns do Projac. Mais uma vez, o Twitter entrou em ação, com telespectadores pedindo reforço na bebida. E mais uma vez a produção cedeu, mandando uma carga de garrafas às 2h.

O estrago já estava feito. Yuri, uma exceção no desânimo da casa, apareceu de cueca carregando a bebida. Ele e Laisa ainda conseguiram aproveitar, mas o resto da casa começou a se recolher nesse momento: às 2h30 os brothers já estavam de pijama, e caminhando para o edredom – desacompanhados.

A freada de arrumação no BBB sinaliza o que podem ser mudanças na forma que a Globo enxerga o programa. A exploração das insinuações de sexo e o clima de “liberou geral” estimulado nas festas tornaram-se, ao longo das 12 edições, em característica central do programa. Depois que a polícia bateu à porta do Projac e o público, nas redes sociais, repudiou os excessos do BBB, caiu a ficha: o reality show criou uma estranha dependência do apelo sexual. Se o diretor Boninho sabe como mantê-lo no topo da audiência sem a bebedeira e as cenas quentes do edredom, ainda não mostrou.

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