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Sebastian Bach manteve os cabelos. Já a voz…

Hits do rock farofa dos anos 90 embalaram o público no Palco Sunset, que se divertiu com o ex-líder do Skid Row

Por Da Redação
19 set 2013, 19h29

Num mundo obcecado pela finasterida, Sebastian Bach – o do rock, entenda-se – poderia fazer fortuna ensinando como mantém, há mais de duas décadas, a imensa cabeleira loura. Os longos fios dourados do cantor têm tudo a ver com o rock’n’roll. Mas a voz aguda e rasgada que estourou no Brasil nos anos 90 com o Skid Row, definitivamente, perdeu o brilho. Não que Bach tenha deixado de ter a energia, ou a capacidade de dialogar com os roqueiros da farofa ou metaleiros menos xiitas. Uma parte dessa empatia, é verdade, vem do respeito que adquiriu não apenas cantando, mas também como um militante da causa – ele é, por exemplo, um dos maiores colecionadores de todo tipo de produto relacionado ao Kiss, além de ser uma espécie de fã famoso de estrelas da música.

No Palco Sunset, Bach dialogava como um velho irmão da rapaziada de roupa preta e cara invocada – ou nem tanto. “Vocês estão prontos para o Metallica?”, perguntava, estimulando a turma que foi à Cidade do Rock para o show principal da noite. A postura é bem diferente da que teve no Hollywood Rock de 1992. Naquele festival, o Skid Row e Bach fizeram provocações e xingaram os músicos da melosa Extreme, que haviam se apresentado horas antes no mesmo palco, na Praça da Apoteose.

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Como ficou claro no início da noite desta quinta-feira, o tempo ensina. Mas os anos também cobram seu preço. Sebastian Bach vai bem quando faz voz de malvado, em tons baixos. Mas subitamente, nos refrões resgatados dos anos 90, tem-se a impressão de que uma menina de 9 anos roubou o microfone. É quando entra em ação o falsete que tenta levar a garganta de Bach às notas que só um garotão consegue alcançar. Em tempo: vozes do primeiro time do rock, como Robert Plant, humildemente executam canções alguns semitons abaixo da gravação original, para não correr o risco de deixar no público a sensação de que o vocalista perdeu o ar.

Ainda assim, a rapaziada que foi ao Palco Sunset se divertiu. Eram 18h31 quando o Sepultura e os Tambores do Bronx pisaram o Palco Mundo, mas uma massa relativamente compacta permaneceu junto ao Sunset, ouvindo as últimas músicas do revival promovido por Bach, a maioria deles ressuscitados do álbum Slave to the Grind, do Skid Row. O público delirou com I Remember You, Monkey Business, 18 and Life e outros rocks adolescentes que, hoje, são cantados majoritariamente pelo público com mais de 30.

Excetuando algumas gafes – como a de dizer “não estamos na América, estamos no Brasil”, numa típica apropriação estadunidense do continente – o show cumpriu seu papel. E quem não gostou do som pôde, pelo menos, achar graça da caricatura que o rock pode exibir quando não sabe envelhecer. Bach também se divertiu muito, e agradeceu quando os fãs, em uma saudação abrasileiradas, repetiram o grito de “Tião”.

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