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Salão do Livro de Paris 2015 faz homenagem ao Brasil

O país já começou a ser tema de eventos antes mesmo da abertura da feira, que reunirá escritores, tradutores e editores entre esta quinta e a próxima segunda-feira na capital francesa

Por Da Redação
18 mar 2015, 18h12

A literatura brasileira ganha destaque na França às vésperas do Salão do Livro de 2015. País homenageado, o Brasil é tema de palestras e conferências antes mesmo da abertura da feira, que reunirá escritores, tradutores e editores no Parque de Exposições de Porte de Versailles, no sul da capital, entre esta quinta e a próxima segunda-feira.

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O início das atividades sobre a literatura brasileira em Paris ocorreu na sede da Unesco, onde a exposição Machado de Assis – Le Sorcier de Rio mostra ao público o universo “do maior escritor brasileiro”, segundo a definição dos curadores da mostra. O “bruxo do Cosme Velho”, autor de clássicos como Dom Casmurro (1899), é apresentado como um feiticeiro, “pela singularidade de sua obra, na qual densidade psicológica e lucidez social se combinam a humor e ironia e representam as contradições humanas”. A mostra traz painéis interativos, vídeos e livros raros cedidos pela Biblioteca Nacional da França (BNF) para reconstruir a obra de Machado e o Rio de Janeiro do século XIX.

Outro evento prévio ao salão começa nesta quarta-feira com a excursão de imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL), que serão recebidos pela Academia Francesa. Entre os brasileiros em Paris estão Geraldo Holanda Cavalcanti, presidente da ABL, Domício Proença Filho, secretário-geral da instituição, Rosiska Darcy de Oliveira, Nélida Piñon, Ana Maria Machado, Sergio Paulo Rouanet, Marco Lucchesi e Antonio Torres.

A programação é apenas uma pequena parte dos eventos nos quais autores brasileiros estarão envolvidos. São 48 os convidados do presidente do Centro Nacional do Livro (CNL) da França, Vincent Monadé, para representar o Brasil no Salão do Livro. Entre eles estão o colunista do site de VEJA Sérgio Rodrigues, Cristóvão Tezza, Daniel Galera, Fernando Morais, Michel Laub e Milton Hatoum.

Para Leonardo Tonus, professor da Universidade de Paris-Sorbonne (Paris IV) e um dos curadores brasileiros na feira, autores e editores do País têm uma nova chance de reabrir o mercado francês e europeu para a literatura nacional. “O evento é importante porque o Brasil tem um peso cultural muito grande na França. Esperamos o aumento do mercado de obras brasileiras traduzidas na França e de francesas traduzidas no Brasil”, afirma Tonus, que será condecorado nesta quinta-feira pelo Ministério da Cultura como Cavalheiro da Ordem das Artes e da Cultura, uma das distinções mais relevantes da área no país.

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Para Tonus, o Salão do Livro de Paris é uma nova oportunidade para o Brasil corrigir os erros cometidos após a Feira de Frankfurt, em 2013, quando a literatura brasileira também foi homenageada. “Em Frankfurt, houve uma bolha, com milhões investidos e muitas traduções, mas sem uma iniciativa estrutural de apoio à literatura brasileira”, reflete. Na opinião do acadêmico, falta ao Brasil uma política sustentável de apoio aos autores brasileiros, com estímulo à tradução e à conquista de novos leitores. “É toda a cadeia do livro que precisa de apoio estrutural”, entende Tônus.

A crítica é compartilhada por Monadé, presidente do CNL francês, que disse ver enorme potencial na literatura brasileira na França e na Europa, mas observa um déficit de penetração dos autores do País, em parte por causa do ainda reduzido número de traduções.

(Com Estadão Conteúdo)

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