Rock in Rio cobra ingresso mais caro que o aprovado pelo MinC
Evento autorizado a captar verba, via lei de isenção fiscal, vendeu entradas 90 reais acima do valor aprovado pelo Ministério da Cultura
Os ingressos para o Rock in Rio 2015, com preço de 350 reais para cada um dos sete dias do festival, estão 90 reais mais caros que o aprovado pelo Ministério da Cultura em 2014. Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a Rock World, organizadora do evento, firmou o compromisso com o MinC de cobrar 260 reais pelo ingresso cheio e 130 a meia-entrada, já que o festival conseguiu liberação da pasta para captar verba via lei de isenção fiscal.
Orçado em 180 milhões de reais, o Rock in Rio recebeu a aprovação do MinC para captar 18,3 milhões de reais, pouco mais de 10% da estimativa de custo. Segundo a Folha, até o momento os organizadores conseguiram captar 4 milhões de reais e continuarão atrás do restante do valor até o dia 30 de novembro.
Após o acordo com o Minc no ano passado, a Rock World solicitou a alteração dos preços das entradas – para a tabela de 320 e 160 reais -, porém, antes de receber resposta, 100 000 ingressos foram comercializados na pré-venda com o valor já aumentado.
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Em fevereiro deste ano, o Minc deferiu o pedido de aumento. Agora, o Ministério solicitou a devolução do dinheiro excedente. A venda para o público em geral, no valor de 350 reais a inteira, está prevista para acontecer em abril, mas já está disponível on-line para clientes do banco patrocinador Itaú.
De acordo com o jornal, a cobrança indevida pode dar aos clientes o direito de pedir o ressarcimento da diferença via Procon ou judicialmente. A Rock World tem até o dia 7 de abril, próxima terça-feira para prestar esclarecimento e pode ser impedida de continuar a captação e, mais tarde, ser considerada inadimplente.
Segundo apurou o site de VEJA, na última segunda-feira os organizdores do festival apresentaram os argumentos para ajuste de valor dos ingressos ao Ministério da Cultura. A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), responsável pela aprovação de projetos da Lei Rouanet, se reunirá na próxima semana para avaliar a solicitação.
(Da redação)