Rio Fashion Business movimenta 830 milhões de reais
O maior salão de negócios de moda da América Latina fecha edição de outono com um aumento de 9,2% em relação à temporada 2011
A previsão de bater os 10% de aumento no volume de vendas do 19º Senac Rio Fashion Business, feita na semana passada pela diretora do evento Eloysa Simão, não aconteceu. Mas o resultado chegou perto. O maior salão de negócios de moda da América Latina fechou a edição de outono com um aumento de 9,2%, em relação à temporada fria anterior, chegando a R$ 830 milhões. O crescimento, segundo a organização do evento, deveu-se ao aumento de compradores de multimarcas de todo o país, com ênfase nos lojistas do Sul, e ao estilo menos pesado das coleções. “Os números mostram aceitação plena da proposta de unir diversos setores que gravitam em torno da moda em uma grande plataforma de negócios”, comemorou a empresária Eloysa Simão.
O que se observa em relação à expansão dos negócios é a consagração da moda carioca como a vitrine do estilo de vida brasileiro: confortável, colorido e despojado. A marca carioca Afghan, de Isio Feldman, registrou mais de 240 atendimentos apenas nos dois primeiros dias da bolsa de negócios, 50 a mais que na mesma fase da edição primavera-verão. A projeção de crescimento é de cerca de 30% sobre a coleção mostrada em maio passado. No segundo dia, todos os horários na agenda do estande da Afghan já estavam tomados até o encerramento, nesta sexta-feira.
A grife Chloet é outro sucesso do estilo carioca de ser, apesar de ser cearense. A empresária Denise Roque vendeu 40% acima da temporada quente, ou seja vendeu 42 mil peças. A agressiva meta de comercializar 50 mil peças deve ser cumprida até o encerramento dos negócios, às 20 horas desta sexta-feira, resultando em aumento de mais de 60% nas vendas. Outra que tem bons motivos para comemorar é a Limits, que superou em 40% as vendas em relação à primavera-verão, e a também carioca Aviator, que arrebatou cerca de 20 novos clientes, “feito expressivo num evento de negócios da moda essencialmente dominado por multimarcas voltadas ao público feminino”, observa o consultor comercial Ruben Sperandei Filho, assessor de várias marcas no evento. A Chow também engordou seu portifólio e vai mostrar seu estilo em novas praças no Sudeste (MG e ES) e no Centro-Oeste (DF e GO). A Maria Filó expandiu o número de consumidoras em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, Bahia, ES, GO e no Amapá.
Outras marcas tiveram igualmente bom desempenho. A estreante Via Mia conquistou 40 clientes de cidades do Norte, Centro-Oeste e Sul. A Botswana cresceu 10% em relação à estação quente. O Grupo Sacada/Oh,Boy!/Addict registrou média de crescimento de 20% em relação à última edição, assim como a Cavendish, também recebeu 10% a mais de encomendas. A carioca Verty teve vendas 60% superiores ao inverno passado (15 mil peças) e conquistou representantes novos em Mato Grosso e Rondônia.