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Leandro Hassum: ‘Que o Brasil ganhe mais salas em 2015’

Ator, que está estreando ‘Os Caras de Pau’, longa baseado na série que apresentava com Marcius Melhem na Globo, defende as comédias do tipo pastelão e lembra que o problema do cinema nacional é o parque exibidor

Por Mariana Amorim
26 dez 2014, 08h10

Bom de bilheteria, o humorista Leandro Hassum já mostrou que seus filmes são páreos para blockbusters internacionais como Annabelle e Drácula A História Nunca Contada, longas que desembarcam no país com forte investimento em produção, marketing e distribuição. Seu último filme, O Candidato Honesto, fez 424.578 pagantes no primeiro fim de semana, enquanto O Protetor, de Denzel Washington, somava apenas 145.692 espectadores. Mas a boa performance de suas comédias, se torna o cinema brasileiro competitivo na venda de ingressos, é mal vista por parte da crítica e do público, que enxerga na popularidade dessas produções um obstáculo para projetos menos comerciais. Para eles, Hassum tem uma resposta pronta, na linha do deixa-disso. “Eu quero que o cinema nacional ganhe mais espaço, na comédia, no drama, no que for. Que o Brasil ganhe mais salas”, diz o ator, contando o que espera para 2015. Ele não tem mesmo por que esquentar a cabeça com as queixas. Seu novo filme, Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel, longa derivado da série da TV Globo que entra em cartaz nesta quinta-feira no país, é promessa de um novo estouro de bilheteria. Mais um.

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A fala de Hassum, no entanto, vem bem a calhar no momento em que o setor discute cotas para superproduções como O Hobbit e Jogos Vorazes, que estrearam em mais de 1.000 salas – uma fatia imensa para um país com cerca de 3.000 salas, apenas. Na semana passada, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) estipulou um limite de ocupação para grandes lançamentos, regra que passa a valer em caráter experimental a partir de janeiro – de modo geral, a medida permite que 65% das salas de um complexo sejam usadas por um lançamento do porte de Crepúsculo. Os Caras de Pau, o filme, parece já adequado a essa nova configuração: o longa vai estrear em 550 salas.

Além do mais, parece bobagem querer brigar com a comédia, gênero que, em 2013, foi responsável por levar 22 milhões de brasileiros aos cinemas. “Fôlego para a comédia sempre vai ter. Enquanto houver gente para rir, a comédia vai estar presente”, vaticina Marcius Melhem, o outro cara de pau do filme (e da série).

A nova bomba – Melhem e Hassum se conheceram no teatro Tablado, no Rio de Janeiro em meados de 1999 e há dez anos criaram a dupla de Os Caras de Pau, os seguranças particulares Jorginho (Hassum) e Pedrão (Melhem). Antes de chegar à TV, onde foram ao ar por três temporadas, os personagens estiveram no teatro. Para o cinema, onde contam com a direção de Felipe Joffily (Muita Calma Nessa Hora), os dois se envolveram em uma história que parece um pastiche de outras já contadas e recontadas em desenhos animados e comédias diversas: a atrapalhada dupla de repente se vê envolvida no misterioso roubo de um anel.

“Roubo de joia é um clássico. Nós nos inspiramos em filmes e personagens como Missão Impossível (1996), Os Trapalhões, Jerry Lewis, Bob Esponja, Cebolinha e Cascão e o final é muito Scooby-Doo“, descreve Melhem, em uma enumeração de dar vertigem. “Fizemos um caldeirão de inspirações, de linguagem de humor e ação, e misturamos os ingredientes com o nosso DNA para fazer um filme com uma pegada atual e para a família toda.” Medo.

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Mas, se você tem coragem suficiente, acompanhe o enredo. Jorginho e Pedrão são seguranças particulares contratados pela socialite Gracinha de Medeiros (Christine Fernandes) para proteger sua herança de família, o anel mais valioso do mundo, Tatu Tatuado de Topázio, que está em exposição em um museu. Os dois logo se provam uma péssima escolha da socialite: nos primeiros minutos do longa, um ninja do Saara – o sotaque carioca trai a fantasia de agente secreto japonês – invade o museu e, após trocar uns sopapos com os seguranças, pensa que conseguiu a joia e foge. Sem ter como provar a invasão do ninja, Jorginho e Pedrão são acusados pelo sumiço do anel.

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Presos, Jorginho e Pedrão propõem aos colegas de detenção uma rebelião para que todos fujam do local. Com a confusão, eles são os únicos a não conseguirem escapar. Para piorar, a essa altura os ninjas já descobriram que seu representante não conseguiu roubar o Tatu Tatuado de Topázio e decidem perseguir os protagonistas de Os Caras de Pau, os maiores suspeitos de estar com a joia. Suspeita que se comprova: na prisão, ao passar por um exame de raio-x, Jorginho descobre que o anel foi parar em seu estômago por acidente, junto com um muffin que ele estava comendo.

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A prisão então se transforma em palco da perseguição de Jorginho e Pedrão pelos ninjas. Os dois conseguem fugir dos rivais ao entrarem em um cesto de roupas sujas da Casa de Detenção – outro clichê – que seria transportado para fora da prisão. Só para se meter em mais confusão, no melhor estilo pastelão.

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