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Coleção roubada por nazistas inclui obras inéditas de grandes mestres

Promotoria alemã ainda avalia questão da propriedade do verdadeiro tesouro recuperado em Munique

Por Da Redação
5 nov 2013, 09h33

Com valor estimado em 1 bilhão de euros, cerca de 3 bilhões de reais, a coleção de aproximadamente 1 400 telas roubadas pelos nazistas recuperada pela polícia alemã inclui trabalhos até agora desconhecidos de mestres como Marc Chagall, Otto Dix, Max Liebermann e Henri Matisse. As informações foram reveladas nesta terça-feira, em entrevista coletiva, pelos investigadores do caso.

Durante a explanação, as autoridades exibiram, em slides, imagens das pinturas. “As obras possuem uma qualidade excepcional e um valor especial para a arte. Muitas eram desconhecidas até agora”, disse o especialista em arte Meike Hoffmann à rede britânica BBC. Segundo os investigadores, a propriedade das obras ainda é uma questão em análise.

A promotoria da cidade bávara Augsburgo também revelou os primeiros detalhes oficiais sobre a investigação, que teve início em 2010. O serviço de alfândega alemão encontrou, no início de 2012, os desenhos e quadros, que em sua maioria eram considerados perdidos para sempre, em um apartamento de Munique repleto de lixo e latas de conserva com validade vencida, algumas há quase 30 anos. O apartamento pertencia a Cornelius Gurlitt, de 80 anos. Em setembro de 2010, Cornelius Gurlitt foi parado por fiscais da alfândega em um trem que viajava da Suíça para a Alemanha. Ele estava com 9 000 euros em espécie em um envelope. Apesar do transporte da quantia ser considerado legal, os investigadores decidiram segui-lo e, alguns meses depois, conseguiram autorização para revistar o apartamento do idoso.

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Segundo os primeiros elementos da investigação, Cornelius Gurlitt vivia há décadas sem um registro legal e sem trabalho na Alemanha. Ele ganhava a vida com a venda ocasional de algumas das obras reunidas em seu apartamento. Gurlitt herdou as obras de seu pai, Hildebrand Gurlitt, um colecionador de arte morto em 1956 em um acidente de automóvel. Inicialmente ameaçado pelos nazistas por ter uma avó judia, o colecionador se tornou indispensável para o regime de Hitler, ao qual ajudava a vender obras roubadas ou apreendidas no exterior.

De acordo com os promotores, foram encontrados 1 285 quadros não emoldurados e 121 emoldurados, sendo que o mais antigo é datado do século XVI. Segundo os investigadores, apesar da grande quantidade de sujeira e de pó, todas as obras se encontram em perfeito estado. Reinhard Nemetz, chefe da Promotoria de Augsburg, afirmou que há “provas concretas” de que pelo menos algumas das obras foram apreendidas pelos nazistas de seus proprietários, ou pertenciam à lista de “arte degenerada”.

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(Com agência EFE)

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