Bandeiras do Brasil, camisetas amarelas e até pixulecos foram vistos no festival de música
Por Da Redação
13 mar 2016, 16h09
Calhou que o Lollapalooza 2016, que acontece neste fim de semana, viu sua data, marcada desde agosto de 2015, bater com a agenda de um dos maiores protestos já programados contra o governo federal. Mesmo bem longe da avenida Paulista, onde se concentrou a manifestação, o festival que acontece no Autódromo de Interlagos ecoou o sentimento de indignação contra a corrupção.
Com poucos artistas brasileiros no line-up, os protestos não subiram ao palco do festival, ficando majoritariamente no meio do público. Bandeiras do Brasil, camisetas amarelas e até bonecos do pixuleco foram vistos na plateia no sábado e especialmente no começo da tarde deste domingo. O engenheiro William, de 52 anos, era um que ostentava a roupa amarela. Ao lado da filha, ele conta que se as datas não houvessem coincidido, com certeza não estaria no Lollapalooza. “Queria estar no protesto. Fui a outros quatro e minha família inteira está lá”, diz antes de completar: “A camiseta é para marcar a posição”.
Seu colega de profissão, Bruno Rangel, 25 anos, também vestia o uniforme canarinho e pelos mesmos motivos. “Amo meu país. Apesar de ter vindo no show estou usando esta roupa para representar minha vontade de melhorar o país”, diz, antes de acrescentar que sua manifestação é apartidária.
O estudante Murilo Branco, 21 anos, foi outro que explicou o motivo de usar a camisa do Brasil no festival: “Foi a forma que eu encontrei de protestar daqui. Não pude ir na manifestação hoje, mas quis demonstrar minha posição mesmo assim, no Lollapalooza”. Já Adriana Silva Costa, 30 anos, considera que as cores verde e amarela da camisa simbolizam a “indignação com o atual governo”. “Eu passei na Avenida Paulista antes de vir para o Lollapalooza para mostrar que me importo”, disse.
Já o arquiteto Nicholas Theo, 23 anos, protestou conta os preços abusivos no Brasil – incluindo o do ingresso do festival. “É uma palhaçada todos esses impostos do governo. O ingresso do Lolla custa 450 reais porque há muitos impostos. A camisa do Brasil foi um jeito de trazer a minha indignação para o evento”, afirmou.
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Felipe Murici, 29 anos, também optou por ir ao festival com a camisa brasileira para demonstrar a sua insatisfação. “Acho que já deu, por isso resolvi vestir a camisa”.
Casal – O perito Wendell Alves, 29 anos, e a namorada Beatriz Guedes, advogada de 24 anos, decidiram fazer um protesto em dupla. Os dois levaram bonecos infláveis da presidente Dilma Rousseff (os “pixulecos”). “Acho que devemos nos manifestar em qualquer lugar”, disse Alves. “Quis demonstrar meu apoio a quem é contra a corrupção. Não só contra o PT, mas contra todos os corruptos”.
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