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Obras de ampliação do Sambódromo começam com previsão de entrega em dezembro

Passarela do Samba ganhará 18 mil novos lugares, divididos entre arquibancadas, camarotes e frisas. Reforma será custeada pela iniciativa privada

Por Léo Pinheiro e Rafael Lemos
20 abr 2011, 13h16

Um verdadeiro desfile de máquinas deu início nesta quarta-feira à demolição dos camarotes dos setores pares do Sambódromo do Rio de Janeiro, que será ampliado de 60.000 para 77.688 lugares. A data prevista para a entrega da reforma é 18 de dezembro, a tempo da realização dos ensaios técnicos para os desfiles de 2012. Orçada em 30 milões de reais, a intervenção será integralmente paga pela iniciativa privada. Pela manhã, o secretário especial de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, esteve no local para a primeira vistoria.

“É uma obra importantíssima por dois motivos. Primeiro, porque cumpre um compromisso com o COI (Comitê Olímpico Internacional). A gente começa essa obra hoje já visando as Olimpíadas de 2016. Aqui serão realizadas duas provas importantes: a chegada da maratona e também o tiro com arco. E o carnaval de 2012 já está sendo preparado para mais público e mais emoção, porque terão arquibancadas dos dois lados”, analisou o secretário.

A ideia é resgatar o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer, erguendo quatro novos blocos. Cada um deles terá uma arquibancada com 2.880 lugares, 48 camarotes para 576 pessoas e frisas com capacidade para 1.194 espectadores. Para tal, foi feito um acordo com uma cervajaria, proprietária de uma antiga fábrica com quatro prédios ao lado do Sambódromo. Em troca de um novo prédio comercial e um estacionamento, a empresa aceitou arcar com os custos da reforma. A implosão da fábrica está prevista para o final de maio ou início de junho.

“Um aspecto importante é a revitalização dessa área da cidade, que andava muito abandonada. Teremos um novo prédio comercial e um novo Sambódromo sem gastar sequer um tostão”, destacou Antonio Pedro, garantindo que não haverá atrasos no cronograma: “Isso é que que é bom de uma obra que tem data inaugurar. Em meados de dezembrio, a obra tem que estar pronta para a gente começar a montagem da estrutura temporária para os desfiles. Garanto que tudo estará pronto para o carnaval, que é o evento mais importante do Sambódromo”.

Machine, o síndico da Sapucaí
Machine, o síndico da Sapucaí (VEJA)
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Memória e emoção – Enquanto os operários e máquinas trabalhavam, um homem observava a cena com um misto de pesar e felicidade. O auxiliar de serviços gerais José Carlos Faria Caetano (o “Machine”), de 54 anos, é conhecido como o síndico da Sapucaí, e trabalha por lá desde a sua inauguração, em 1984. “Dá um aperto no coração. Mas o mundo do samba está muito feliz com essa obra. Terá mais lugar para o povo e vai ser melhor para as escolas”, resumiu.

“Só fico preocupado que as obras não atrasem para não atrapalhar os treinos noturnos dos casais de mestre-sala e porta-bandeira e das comissões de frente, os chamados ensaios secretos. Mas acho que vai dar certo. Lembro que o Sambódromo foi construído em quatro meses. Dessas vez, temos mais de seis meses para a reforma”, diz Machine.

Sustentabilidade – O engenheiro de Minas Manoel Jorge Dias, responsável pela obra, conta que a ampliação do Sambódromo será ambientalmente sustentável. “O que está sendo demolido será triturado e transformado em algo semelhante a brita, e vai virar concreto para ser usado na construção das novas arquibancadas da Sapucaí. Os vergalhões de ferro vão para a siderurgia e também serão reaproveitados aqui mesmo. É uma construção sustentável”, afirmou.

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