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O acervo escondido de Tonico & Tinoco

Figurinos, discos, material publicitário e fotos históricas estão guardados em um depósito do Arquivo Histórico de Guarulhos

Por Da Redação
15 Maio 2012, 09h15

Desconhecido por muitos, um importante acervo da dupla sertaneja Tonico & Tinoco está guardado em um depósito do Arquivo Histórico Municipal de Guarulhos, na Grande São Paulo, à espera de condições para voltar a ser exposto. São chapéus e calças coloridas usados pelos artistas em suas apresentações, folders de antigos shows (muitos deles em circos), discos, revistinhas com letras de músicas, certificados (como o que lhes confere o título de cidadãos de Orizona, em Goiás), troféus e fotos históricas.

O material foi doado a Guarulhos ainda nos anos 1970. “Em gratidão pelo fato de a dupla fazer várias apresentações na cidade e ter criado vínculos afetivos com violeiros daqui”, explica a diretora do Arquivo, Maria Zélia de Brito Souza. “Eles sempre tocavam na Festa em Louvor à Nossa Senhora de Bonsucesso, todos os anos.”

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Do início dos anos 1980 até o ano 2000, as peças ficaram expostas no Museu Histórico de Guarulhos, em uma sala dedicada à música de raiz. Então, por causa de pendências judiciais, o museu precisou mudar de endereço, para um prédio menor. Nessa época, a coleção sertaneja deixou de ficar exposta e o material daquela que, por muitos, é considerada a mais importante dupla sertaneja brasileira acabou sendo levada para o Arquivo Histórico. “Todas as peças que não puderam estar em exposição estão sob a guarda técnica do Arquivo”, explica Maria Zélia.

A reportagem esteve na instituição e pediu para conferir o material. Funcionários do Arquivo então trouxeram cinco panfletos, cinco fotos, um pôster autografado pela dupla, dois livrinhos de moda de viola e um certificado – uma pequena parte da coleção. “O restante você não poderá ver hoje porque precisamos arrumar, tirar a poeira”, afirmou a diretora do Arquivo, emendando em seguida. “Quer dizer, precisamos verificar se tem poeira.” Só ontem o material completo foi exibido. Por e-mail, a diretoria do Arquivo argumentou que “o acesso existe, porém deve ser solicitado com antecedência”.

Apesar da riqueza da coleção, com peças únicas da dupla, não há planos para que os itens voltem a ser expostos. “No momento, o espaço do Museu Histórico de Guarulhos é pequeno e não atende às normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)”, justifica-se a diretora Maria Zélia.

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Memória – O cantor Tinoco morreu no último dia 4, aos 91 anos, em São Paulo. Tinoco, cujo nome de batismo era José Peres, nasceu em 1920, na cidade de Pratânia, a 263 quilômetros de São Paulo. Ainda na década de 1930, ele formou a dupla sertaneja com seu irmão mais novo, João Salvador Peres, o Tonico. A parceria só terminou em 1994, após a morte de Tonico, que caiu de uma escada aos 73 anos e sofreu um traumatismo craniano.

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Juntos, os dois gravaram 83 discos e venderam ao todo mais de 150 milhões de cópias. Entre seus maiores sucessos estão as músicas Tristeza do Jeca, Chico Mineiro e Pinga Ni Mim.

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(Com Agência Estado)

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