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Nudez e sensualidade dão o tom do remake de ‘Gabriela’ no horário das 23h da Globo

As primeiras cenas do remake foram apresentadas na Bahia, com a presença de atores, sob elogios de Paloma Amado, filha do escritor Jorge Amado

Por Patrícia Villalba, Salvador
22 Maio 2012, 10h49

É preciso ter coragem para mexer com um clássico, e quem viu Juliana Paes em cena como Gabriela, aquela de cheiro de cravo e cor de canela imortalizada por Sônia Braga em 1975, não tem outra saída senão admitir que a atriz reacenderá o papel com a doçura e a sensualidade que ele pede e merece na novela que estreia no dia 19. As primeiras cenas do remake foram apresentadas na noite desta segunda-feira para imprensa e convidados, em festa promovida pela Rede Globo num restaurante à beira-mar em Salvador.

“A novela das onze é mais safadinha, né?”, brincou Juliana, que deixou elenco e convidados de queixo caído após uma meia dúzia de cenas em que aparece seminua. O clipe deu uma amostra do que será a trajetória da personagem, desde o momento em que foge da seca, do sertão para Ilhéus, torna-se cozinheira de Nacib (Humberto Martins) e acaba deixando o patrão apaixonado – o encerramento da sequência de imagens foi justamente o da primeira vez em que os dois se deitam juntos. “É a luz, gente, que melhora tudo”, disse a atriz, entre a modéstia e a piada.

Logo que chegou, num modelo em renda renascença rosa, Juliana foi abordada por Paloma Amado, filha do escritor Jorge Amado, cujo centenário é homenageado com a nova adaptação do romance para a TV. “Quero te dizer que estou de quatro por você”, exagerou Paloma, que parecia emocionada.

Ao mesmo tempo, lá na porta, surgia a cantora Ivete Sangalo, que por pouco não monopoliza a festa. Ela será a Maria Machadão, dona do bordel Bataclan, papel que no original foi de Eloísa Mafalda. Bombardeada por jornalistas com mil assuntos, entre a criação de filhos, a manutenção da boa forma e as declarações bombásticas de Xuxa, tentou manter-se no tema central sem perder o humor. “Vamos falar de Gabriela, ande!”, repetia, com notável destreza para não cair em saia-justa.

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A uma repórter que quis saber sobre “a polêmica” de que ela “não é atriz, mas cantora”, devolveu a pergunta – “Oxe, que polêmica?” E a moça completou: “O (autor) Aguinaldo Silva disse que você não é atriz…” E Ivete: “Foi uma pessoa que disse, e acabou. Não teve polêmica.”

Entre a boa parte do elenco que esteve presente, o deputado ACM Neto (DEM-BA) circulava fazendo as honras baianas e ressaltando a importância da produção como homenagem a Jorge Amado. “Ele era comunista e esteve do lado ideologicamente oposto ao do meu avô, mas os dois sempre quiseram a mesma coisa – o bem da Bahia”, resumiu seu ponto de vista.

Segundo o diretor-geral Mauro Mendonça Filho, a nova adaptação da obra se impôs por causa dos cem anos do escritor, que se comemoram em agosto. No ano passado, a nova faixa de novelas foi inaugurada com a releitura bem-sucedida de O Astro, a propósito dos 60 anos da telenovela.

Para o autor Walcyr Carrasco, que sonhava adaptar romance há tempos, o remake leva vantagem sobre a novela original de 1975, feita sob os olhares atentos da ditadura. “Agora tudo, inclusive as passagens sobre a guerra dos coronéis que incomodavam a censura, poderá ser dito de maneira clara”, observou.

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Realizado no restaurante Amado embaixo de muita chuva, o evento teve quitutes típicos baianos, como biju de tapioca e cuscuz de milho com carne seca, em versão sofisticada do chef Edinho Engel. Decorado com simplicidade, com palha e tecidos florais, o local estava florido de hibiscos, marca da personagem.

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