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No original ‘Gravidade’, o espaço como fronteira pessoal

No novo e incrível longa do mexicano Alfonso Cuarón, a tecnologia se presta a revolucionar a ficção científica, mas também a contar uma ótima história

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 out 2013, 08h53

Nada de ETs, seres ou ameaças de outros planetas. Em Gravidade, filme do mexicano Alfonso Cuarón (E Sua Mãe Também) que estreia nesta sexta-feira no país, o desafio se encontra nos próprios personagens e o espaço é apenas um pretexto – ou uma metáfora – para despertá-lo. Não a fronteira final, mas uma fronteira inteiramente pessoal.

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Ryan Stone (Sandra Bullock) é uma engenheira médica em sua primeira missão fora da Terra, na qual tem de reparar circuitos da estação espacial americana. A seu lado, como comandante e parceiro de operações, tem o experiente astronauta Matt Kowalski (George Clooney), da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. Calmo e bonachão, Kowalski ouve música e conta histórias enquanto passeia pelo espaço, na órbita de Ryan. Um outro astronauta, personagem secundário, também flutua perto deles, igualmente tranquilo. Tudo está sob controle.

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Até Kowalski receber pelo rádio o aviso de que os russos atiraram em um satélite próprio para desfazer-se dele. Os estilhaços, que primeiro parecem circular à solta pelo espaço, logo se dirigem para onde estão os americanos. Uma enorme nuvem de partículas de poder letal. É preciso se proteger. Após certa relutância de Ryan, compenetrada em terminar o serviço e se manter firme no espaço, um desafio enorme para uma astronauta de primeira viagem, Kowalski enfim convence a engenheira a retornar para o ônibus espacial. “É uma ordem, doutora.” Mas já é tarde. Os primeiros estilhaços começam a chegar e Ryan e Kowalski, impedidos de voltar ao Explorer, ficam à deriva no espaço.

A sensação de flutuar no vazio do espaço é incrível, e houve astronautas que, depois de ver o filme, afirmaram que é daquele jeito mesmo, do modo como se portam os personagens de Cuarón, que eles se sentem na órbita da Terra. Fantasticamente realista, como não se via desde 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick, que aliás talvez seja o longa mais próximo deste, o filme pode mesmo provocar um certo enjoo ou claustrofobia em quem o vê. Ainda mais quando o oxigênio do uniforme de Ryan ameaça acabar.

Mais do que isso não dá para contar, sob o risco de estragar a viagem. O que se pode, e se deve, acrescentar é a façanha técnica do longa. Cuarón lançou mão de novas tecnologias para fazer o filme. Em alguns momentos, Sandra Bullock estava suspensa por doze cabos diferentes. Em outros, ficava isolada por até dez horas em um cubo de luz – uma provação física para a atriz. Também podia ter seu corpo preso da cintura para baixo ou contar com controladores de marionetes para manipular seus membros.

Não é à toa que o resultado impressiona. Mas não apenas pelas cenas que enchem os olhos. No novo e incrível longa do mexicano Alfonso Cuarón, a tecnologia se presta a revolucionar o gênero da ficção científica, mas também a contar uma ótima (e simples) história.

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