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‘Netflix não faz programas para agradar todo mundo’, diz ator de ‘Demolidor’

Em entrevista ao site de VEJA, Charlie Cox fala sobre o herói cego na produção original da Marvel exibida pelo serviço de streaming

Por Ana Beatriz Rosa
19 jun 2015, 09h20

Desde 2013, quando a Netflix anunciou a parceria com a Marvel na produção de quatro minisséries com os heróis do estúdio, os fãs criaram a expectativa de viver uma experiência mais intensa com as histórias conhecidas nos quadrinhos. Ao contrário do que acontece no cinema, com filmes que pendem mais para o humor e censura livre do que seus textos originais. A promessa se cumpriu com Demolidor, disponibilizado em abril deste ano nos mais de 50 países em que a Netflix atua.

O programa é uma produção mais densa e adulta, até violenta, comparado aos padrões de um hit cinematográfico, como Os Vingadores, por exemplo. “A Netflix busca o maior número de assinaturas, mas isso envolve todos os programas. Então, você pode se aprofundar mais em cada um, pode guiar a audiência para determinado segmento e fazer produtos mais nichados”, diz o ator Charlie Cox, que dá vida ao protagonista Matt Murdock (Demolidor), em entrevista ao site de VEJA. “Por isso podemos entregar aos fãs aquilo que eles querem. Ao contrário da TV, a Netflix não faz um programa que busca agradar todo mundo”, diz o ator.

A primeira temporada da trama, disponível por completo para os assinantes, narra a história do advogado Murdock que, ao sofrer um acidente com produtos tóxicos na infância, perde totalmente a visão e tem os seus outros sentidos desenvolvidos. Com as novas habilidades, ele se inspira no pai, um antigo lutador de boxe, e decide combater o crime nas horas vagas.

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A narrativa de Matt Murdock parece inspiradora quando se trata da escolha do advogado em superar as suas dificuldades para lutar pelo bem da sociedade. Para o ator inglês, contudo, a deficiência visual é um tema distante no qual ele não prefere se arriscar. “Durante a minha preparação, estive em contato com um senhor que se tornou cego e eu fiquei impressionado como ele se adaptou à situação. Eu só consigo imaginar como deve ser assustador para alguém que tem a visão perfeita e perdê-la. É necessária muita coragem para passar por este processo. Uma das coisas que ele mais me contava é como foi doloroso perder a visão dia após dia. Eu acho que essa fase de transição deve ter sido a pior. Como eu não passei por isso, não me sinto no direito de refletir no que eu faria caso viesse a me tornar cego”, diz.

Por outro lado, nem só de boas atitudes vive o Demolidor. O programa também ficou conhecido por tentar trazer as ambiguidades dos personagens, que não são colocados em polos antagônicos como vilões e mocinhos. “Eu me inspirei muito em grandes sucessos dos anos 1960 e 1970. Tem toda essa conexão com uma Nova York que é cheia de nuances e sombras. Nada é muito objetivo”, conta Cox.

Mesmo disponível no serviço que oferece assinaturas acessíveis, Demolidor, um sucesso de crítica, entrou rapidamente para a lista de séries mais baixadas ilegalmente no mundo. Na sua primeira semana de lançamento, ela só perdeu para a campeã absoluta em downloads ilegais, Game of Thrones, da HBO. A boa recepção do programa fez com que a Marvel e a Netflix anunciassem a continuação da parceria e Demolidor já tem sua segunda temporada confirmada para 2016.

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