Músicos morrem mais jovens do que a média, diz estudo
Pesquisadora afirma também que a chance de morte acidental para esses profissionais é entre cinco e dez vezes maior do que para a população em geral
Estrelas do rock e do pop morrem até 25 anos antes que as outras pessoas e têm taxas mais elevadas de morte por acidente, suicídio e homicídio, diz um estudo da Universidade de Sydney assinado pela professora de psicologia Dianna Kenny. A pesquisa concluiu que a chance de acidente letal para músicos conhecidos é entre cinco e dez vezes maior do que para a população em geral.
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A professora analisou as mortes de 12.665 músicos de gêneros populares falecidos entre 1950 e junho de 2014. Quase 91% dessas pessoas eram do sexo masculino. “Os resultados desse estudo são perturbadores”, escreveu a acadêmica no site The Conversation. “Durante as sete décadas estudadas, o tempo de vida dos músicos era até 25 anos mais curto em comparação com a média da população americana. Isso é uma clara evidência de que nem tudo está bem na música pop.”
De acordo com a pesquisa, a taxa de suicídio entre esses profissionais é de duas a sete vezes maior do que entre outras pessoas. Já a de homicídio é até oito vezes superior. “O cenário musical festeja drogas e promiscuidade e valoriza da morte prematura, então jovens músicos que estão deprimidos e têm tendência ao suicídio são atraídos por esse tipo de ambiente”, disse a professora à rádio ABC.