Morre o diretor Wes Craven, mestre do terror no cinema
Criador de 'A Hora do Pesadelo' e 'Pânico', cineasta tinha 76 anos e sofria de câncer
O cineasta americano Wes Craven, famoso pelas franquias A Hora do Pesadelo e Pânico, morreu neste domingo, em Los Angeles. Craven tinha 76 anos e sofria de um câncer no cérebro.
Por duas vezes em sua carreira, o diretor foi responsável por revitalizar o gênero do terror adolescente. Em 1984, criou um dos mais icônicos vilões do cinema, o horripilante Freddy Krueger. Com lâminas no lugar dos dedos, o assassino morto-vivo atacava suas vítimas dentro dos sonhos em A Hora do Pesadelo – o primeiro grande sucesso de Craven.
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Além de ter revelado Johnny Depp, que interpreta uma das vítimas de Krueger, o longa estabeleceu uma fórmula de sangue, sustos e insinuações sexuais que foi seguida por diversas outras franquias de terror e lotou salas de cinema ao longo dos anos 1980. A Hora do Pesadelo rendeu outras sete sequências, das quais Craven esteve envolvido em apenas duas.
Depois de um breve período de inatividade, o diretor retornou em meados dos anos 1990 para reformular o gênero mais uma vez. Com Pânico, de 1996, Craven voltou a explorar a fórmula de um serial killer que aterroriza um grupo de adolescentes. Dessa vez, contudo, o diretor acrescentou uma boa dose de humor e fez piada com os clichês do gênero que ele próprio havia criado na franquia A Hora do Pesadelo. O filme foi um sucesso comercial e teve três sequências, todas dirigidas por Craven.
O cineasta também mostrou competência fora do gênero de terror. Em 1999, ele dirigiu Música do Coração, longa sobre uma professora que ensina violino para crianças pobres, que rendeu a Meryl Streep uma indicação ao Oscar. Em 2005, Craven mostrou uma direção ágil no claustrofóbico suspense Voo Noturno.
(Da redação)