Morre o diretor de TV e cinema Carlos Manga, aos 87 anos
Entre a era de ouro das chanchadas e produções marcantes na TV, Manga dirigiu o clássico 'O Homem do Sputinik', com Norma Bengell, Oscarito e Cyll Farney
Morreu nesta quinta-feira o diretor de cinema e TV Carlos Manga, aos 87 anos, no Rio de Janeiro, confirmou a Central Globo de Comunicação. A causa da morte não foi divulgada. Bancário que gostava de cinema, Manga levou sua paixão para a Atlântida Cinematográfica, onde começou como almoxarife, até virar contra-regra, assistente de montagem, e por fim, ocupar lugar de destaque. Fez sucesso na era de ouro das chanchadas e coroou sua trajetória como diretor de O Homem do Sputinik (1959), um clássico com Norma Bengell, Oscarito e Cyll Farney.
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Na TV, fez de minisséries e novelas a programas da linha de shows, como Chico City (1973-1980), de Chico Anysio, e Domingão do Faustão, onde não deixou boas lembranças. Foi sob sua gestão que o programa tropeçou no episódio mais polêmico de sua história, o sushi erótico, que levava uma modelo ao palco, nua, coberta por menu japonês que era, aos poucos, ingerido por três convidados.
Manga encerraria ali sua trajetória nos auditórios, mas deixa boas referências na TV com títulos como o remake de Anjo Mau (1997), Torre de Babel (1998), Eterna Magia (2008) e algumas das mais primorosas minisséries de seu tempo, como Agosto (1993), de Rubem Fonseca, Memorial de Maria Moura, baseada na obra de Rachel de Queiroz. Seu último trabalho, em 2004, foi Um Só Coração, de Maria Adelaide Amaral.
(Com Estadão Conteúdo)