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Morre na capital paulista o dramaturgo Chico de Assis

Em sessenta anos de carreira, ele trabalhou também como ator, compositor e diretor. Foi autor da primeira novela das seis da Globo, 'Bicho do Mato', de 1972

Por Da Redação
4 jan 2015, 15h10

O dramaturgo e autor de novelas Francisco de Assis Pereira, o Chico de Assis, 81 anos, morreu na tarde deste sábado na capital paulista em decorrência de um infarto fulminante. Ele foi velado na madrugada de domingo no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, no centro da cidade. O sepultamento acontece durante a tarde no Cemitério Vila Alpina.

De acordo com o ator e autor de teatro, Oswaldo Mendes, amigo do dramaturgo há pelo menos 50 anos, o corpo de Chico de Assis foi encontrado no apartamento dele no bairro dos Jardins, onde morava sozinho. Ele conta que sua filha foi ao local depois de tentar, sem sucesso, falar com o pai ao telefone e já o encontrou morto. “É uma grande perda para o teatro e para o Brasil”, declarou.

Mendes lembra que, em 2015, o Teatro de Arena completa 60 anos. “Estamos prevendo comemorações. Infelizmente, não o teremos aqui conosco, mas ele certamente estará presente de alguma forma”, lamentou. Hoje, o teatro, fundado em 1955, é administrado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte).

Trajetória – Chico de Assis nasceu em São Paulo em dezembro de 1933, e iniciou a carreira como ator de rádio em 1953. Em mais de 60 anos, trabalhou como ator, dramaturgo, compositor e diretor. Na TV Tupi, escreveu novelas como Ovelha Negra, Xeque Mate, Cinderela 77 e Salário Mínimo. Foi autor também da primeira novela das seis da Globo, Bicho do Mato, em 1972, que trazia como protagonistas Osmar Prado e Debora Duarte.

Entrou para o Teatro de Arena em 1958 e, no mesmo ano, integrou o elenco de A Mulher do Outro, de Sydney Howard, com direção de Augusto Boal, e de Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, dirigido por José Renato, fundador e diretor do teatro.

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Foi um dos fundadores do Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena. O evento marcou a história do teatro brasileiro com um movimento de aproximação da realidade popular e de valorização de autores nacionais. Nessa época, Chico de Assis escreveu O Testamento do Cangaceiro, encenado em 1961, tendo Boal como diretor.

Em 2014, ele recebeu a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Ministério da Cultura, que homenageia personalidades brasileiras e estrangeiras por contribuições à cultura nacional. O dramaturgo gravou recentemente o primeiro programa do Núcleo de Dramaturgia da TV Cultura, Persona em Foco, uma homenagem aos ícones do Teatro Brasileiro.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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