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‘Missão: Impossível 5’ renova franquia com mais humor e leveza

Dirigido por Christopher McQuarrie, longa traz Tom Cruise em plena forma como agente secreto Ethan Hunt

Por Daniel Dieb
13 ago 2015, 16h56

Os 53 anos de idade de Tom Cruise não o impedem de fazer um bom filme de ação, como Missão: Impossível – Nação Secreta, que estreia nesta quinta no Brasil, pode comprovar. No longa, ele se pendura em um avião cargueiro em plena decolagem, dirige carros e motos como um profissional e segura a respiração debaixo d’água por mais de três minutos. Tudo isso, claro, entre cenas de tiroteios contra vilões que não treinaram a pontaria e doses (essas sim) certeiras de humor. Em uma luta, um espirituoso Ethan Hunt, o agente secreto interpretado por Cruise em todo o seu 1,70 m de altura, briga com um inimigo mais alto – e zomba disso. Dirigido por Christopher McQuarrie (No Limite do Amanhã), o novo filme dá fôlego à franquia iniciada com Missão: Impossível, em 1996, que ao longo de cinco produções já faturou 2,369 bilhões de dólares.

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Na trama escrita por McQuarrie ao lado de Drew Pearce (Homem de Ferro 3), Hunt trabalha para a IMF (Impossible Missions Force ou Força Missão Impossível, em tradução livre), braço do governo americano para missões secretas que está em vias de ser fechado a pedido de Alan Hunley (Alec Baldwin), diretor da CIA contrário aos métodos usados pelo agente secreto. Para justificar sua requisição, Hunley cita como exemplo a explosão do Kremlin, sede do governo russo em Moscou, ocorrida no longa anterior, Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011), e atribuída por ele a uma desastrosa ação de Hunt. Mas quem estava por trás do incidente, vai-se descobrir agora, era o grupo “Sindicato”, antes chamado de “Nação Secreta”, porque seus integrantes não eram conhecidos. Desta vez, para que assuma o antagonismo do filme, o Sindicato será bem apresentado – ele é formado por ex-agentes de diversos países reunidos sob o comando de Solomon Lane (Sean Harris) com o objetivo de desestabilizar nações ao redor do mundo por meio de ondas de violência, caos, ataques terroristas e assassinatos de chefes de Estado.

A missão não tão impossível de Hunt é destruir o Sindicato ou Nação Secreta. Para isso, ele conta com a ajuda de velhos companheiros, como o agente William Brandt (Jeremy Renner), que apareceu pela primeira vez na produção anterior; o expert em tecnologia Benji Dunn (Simon Pegg), introduzido à franquia em Missão: Impossível 3 (2006); e Luther Stickell (Ving Rhames), que só não atuou em Protocolo Fantasma. A eles, se junta a agente britânica Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), personagem com características de femme fatale, que ora ajuda ora prejudica Hunt, de modo que se cria uma aura de mistério em torno de suas reais intenções. Em uma cena em Londres, por exemplo, Ilsa abre caminho para que Hunt escape do local em que é mantido como refém pelo Sindicato, mas depois em Casablanca, Marrocos, rouba dele um pen drive com informações sigilosas. O agente então vai atrás dela em uma sequência arrebatadora, com perseguições de carros e motos, em que McQuarrie filma de diferentes ângulos a fim de repassar ao espectador a adrenalina do momento.

Em comparação com as produções anteriores da série, esta é mais leve, graças ao humor de um roteiro feito de diálogos com boas tiradas e, principalmente, a Benji Dunn, interpretado pelo britânico Simon Pegg, ator que tem no currículo comédias como Todo Mundo Quase Morto (2004) e Chumbo Grosso (2007). Se no longa anterior seu papel era pequeno, neste ele ganha espaço e se torna um ótimo e improvável parceiro de Hunt.

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Já Alan Hunley tem a função de resgatar e justificar escolhas da franquia. Por exemplo, no início do filme, ao falar sobre a IMF, o diretor da CIA mostra-se reticente quanto às missões realizadas pelo grupo, que relembra em sua fala: “Seus resultados parecem resultados de sorte”. Se levados em consideração os acontecimentos do filme anterior, como escapar de autoridades russas apesar de ser o principal suspeito de implodir o Kremlin ou escalar o Burj Khalifa, o maior prédio do mundo, que fica em Dubai, sorte foi o mínimo com que Hunt contou.

Essas cenas, que não aconteceriam com êxito na vida real, fazem parte de qualquer história de agente secreto, seja ele Jason Bourne em A Identidade Bourne, seja James Bond em 007 – Quantum of Solace. No entanto, é essencial que o diretor e os roteiristas saibam como apresentá-las ao público sem abusar da “licença poética” que permite essas inverossímeis sequências de ação. E McQuarrie faz isso muito bem ao rodar cenas com o auxílio de tecnologia, sem se escorar totalmente nela – ou ao menos não deixar que isso transpareça.

Mais próximo ao final de Nação Secreta, Hunley diz que Hunt é a “manifestação viva do próprio destino”. De fato, a energia e a vitalidade de Tom Cruise ao interpretar Ethan Hunt nos fazem crer que ele pode tudo, ao menos nos cinemas. Até mesmo o nerd Benji Dunn, antes medroso, parece tranquilo perante a alta probabilidade de insucesso da missão que lhes fora incumbida, pois acredita cegamente que o parceiro garantirá o êxito. Assim como um bom mágico deveria fazer, Missão: Impossível – Nação Secreta entretém e engana o espectador, que sabe que está sendo iludido, mas fica satisfeito com um filme que não abusa de efeitos especiais e faz cenas irreais parecerem de verdade.

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