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Los Hermanos fazem show ‘deja’vù’ de turnê de 2012

Banda carioca disparou hits de seus quatros CDs em show farto, mas sem clímax, neste sábado, no Anhembi, em São Paulo

Por Luís Lima 25 out 2015, 09h17

Longe dos palcos desde 2012, o grupo Los Hermanos retoma temporariamente a agenda de shows, que contou com uma apresentação neste sábado, no Anhembi, em São Paulo — um espetáculo bastante parecido com o da última turnê. Cerca de 30 000 pessoas – o maior público da banda, segundo o vocalista e guitarrista, Marcelo Camelo – se aglomeraram, debaixo de um céu fechado, para cantar, em uníssono, 29 sucessos de seus quatro álbuns lançados, em uma apresentação de quase duas horas.

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Aos gritos de “uh, Los Hermanos”, o grupo — ou melhor, o público – abriu o show entoando os primeiros versos de O Vencedor, sucesso do álbum Ventura (2003). Em seguida, emendou Retrato pra Iaiá, do Bloco do Eu Sozinho (2001). Ao fundo, um telão de LED de 26 metros ocupava todo o palco, retransmitindo ora a performance dos músicos ora efeitos de estrelas e cores.

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Como de costume, os fãs, considerados dos mais apaixonados da música brasileira, acompanhavam a banda em cada verso. Cantadas como se fossem hinos em uma espécie de karaokê coletivo ao ar livre, Além do que se Vê, Todo Carnaval Tem Seu Fim, e O Vento deram continuidade ao show. Em todas as músicas, sobressai a fórmula que projetou a banda no cenário musical nacional: a mistura entre rock, MPB e metais.

Em uma das poucas falas direcionadas ao público, Camelo resolveu fazer um agrado: “Este é o maior público da história do Los Hermanos. São 30 000 pessoas, fora o pessoal que está em casa”, disse, em referência à transmissão feita pelo canal de TV pago Multishow. “Está bom demais. Estou encabulado, gente, é verdade”, disse Rodrigo Amarante, em outro momento. É possível, aliás, conferir como foi o show no site do Multishow.

Na sequência, Camelo e Amarante alteraram os microfones duas vezes para cantar, na ordem, Cadê Teu Suin?, Do Sétimo Andar, Condicional e Azedume. Em um momento mais intimista, o telão ao fundo ficou vermelho para dar vez a Pois É. Depois, se apagou, para nada além dos versos de Morena se destacarem no palco. Em seguida, uma chuva rala começou a cair, e embalou as interpretações de Um Par, O Velho e o Moço, A Outra e Paquetá.

Com o show perto do fim, a banda lançou mão de Sentimental, espécie de hino dos corações sofridos. “Quem é mais sentimental que eu? Eu disse e nem assim se pôde evitar”, desabafa a letra. Potente, a canção foi um dos pontos fortes do show, que logo voltou a ganhar um tom ameno, com Primeiro Andar.

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Para quebrar a melancolia, o grupo decidiu investir em um clima mais festivo. Com direito a serpentina rosa em cima do palco, cantou Tenha Dó, Descoberta e Deixa o Verão, três canções mais agitadas. A descontração durou pouco, e logo o show voltou a mergulhar na sofrência, com De Onde Vem a Calma e Conversa de Botas Batidas. Neste momento, Camelo convidou plateia a cantar o refrão e foi prontamente atendido. Para encerrar, mais dois socos no estômago: Último Romance e A Flor.

Três minutos depois, a banda voltou ao palco para cantar Adeus Você, a renegada Anna Júlia, Quem Sabe e Pierrot, que encerra o show em clima de festa – assim como foi na apresentação de 2012, quando a banda passou por São Paulo no Espaço das Américas.

A missão de resumir quatro álbuns de sucesso, lançados entre 1999 e 2005, não é fácil. Mesmo assim, a banda fez um show farto e pareceu não desapontar os fãs mais exigentes. No entanto, para os menos fundamentalistas, a apresentação pareceu um tanto burocrática, com pouco envolvimento ou empatia dos músicos, num deja’vù do que foi a turnê de 2012. Não que fosse esperado que os músicos cantassem hits de seus projetos pessoais, como a Banda do Mar, no caso de Camelo, ou mesmo Tuyo, música interpretada por Amarante na abertura da série Narcos, da Netflix. Não era o espaço para isso, definitivamente. De qualquer forma, faltaram surpresas e mesmo um clímax.

Para quem quiser conferir com os próprios olhos, a banda faz um show extra neste domingo, no Espaço das Américas, às 20h30. Uma terceira chance será no Rio de Janeiro, nos dias 30 e 31 deste mês, no Jockey Club.

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