Longa é acusado de racismo por escalar brancos como deuses do Egito
Segundo internautas, produção traz muitos personagens brancos, o que não condiz com a realidade histórica da trama
Os pôsteres de Deuses do Egito, filme de Alex Proyas previsto para abril no Brasil, causaram discórdia no Twitter pela grande presença de atores brancos no elenco — o longa, afinal, se passa em um país africano. Muitos internautas vêm acusando a produção de racismo. O filme conta com nomes como Gerard Butler (300) e Geoffrey Rush (Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra) no elenco.
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Nem mesmo a presença de Chadwick Boseman (que fez o papel-título em James Brown) poupou o filme de críticas. Segundo os comentários, o personagem vivido por ele, o Deus da sabedoria, Thot, é muito estereotipado, configurando um Magical Negro, termo em inglês para se referir a coadjuvantes negros que aparecem nos filmes com poderes mágicos — recorrentes nas produções americanas. Nas imagens divulgadas, ele aparece com uma túnica verde e dourada e uma touca com as mesmas cores, encarnando um feiticeiro.
Na rede social, alguns comentários abusaram da ironia para tecer criticas, como um que dizia: “Querida Hollywood. Os brancos não comandavam o antigo Egito. E os egípcios antigos não adoravam pessoas brancas. Espero que isso ajude. Assinado: todos”.
A Record, vale lembrar, exibe no momento a novela bíblica Os Dez Mandamentos, que se pasa no Egito Antigo e também é protagonizada por brancos.