Jean Paul Gaultier rouba a cena no Festival de Cannes
Estilista francês diz que sua contribuição para o júri será na condição de "espectador comum", com sensibilidade
Jean Paul Gaultier foi o centro das atenções da coletiva de imprensa do júri do 65º Festival de Cannes, na tarde desta quarta-feira (16). Ladeado por seu colegas mais “cinematográficos”, como o ator britânico Ewan McGregor, a atriz alemã Diane Krueger, o diretor americano Alexander Payne e o cineasta italiano Nanni Moretti, o estilista francês conquistou até aqueles que desconfiam de sua capacidade para julgar filmes.
“Minha contribuição (para o júri) será a sensibilidade do espectador comum de cinema que sou”, explicou Gaultier, que já contribuiu (informalmente) com sua arte para o figurino de filmes como O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante (1989), de Peter Greenaway, O Quinto Elemento (1997), de Luc Besson e, mais recentemente, A Pele Que Habito (2011), de Pedro Almodóvar. “Às vezes, a gente não sente nada por um determinado filme. Outros, no entanto, não saem da sua cabeça. É assim que funciono”, disse.
O estilista revelou que seu interesse por cinema cresceu e se ampliou com o passar dos anos. “Quando criança, assisti aos clássicos do cinema francês e americano, na TV e no cinema. Na juventude, passei a ver filmes de diretores mais ambiciosos, como (Werner) Fassbinder e (Michelangelo) Antonioni. Posso dizer que meu gosto é eclético. Mas gosto de filmes que me tocam, que me emocionam de alguma forma”, avisou Gaultier.
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