Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Janet Jackson fala da morte do irmão e do islamismo em ‘Unbreakable’

Cantora tenta se atualizar ao inserir elementos eletrônicos e dançantes em seu 1º álbum em 7 anos

Por Daniel Dieb
9 out 2015, 09h11

Muita coisa mudou na vida de Janet Jackson desde que seu último álbum de estúdio, Discipline, foi lançado, em fevereiro de 2008. Já no ano seguinte, seu irmão e maior modelo, Michael Jackson, morreu de overdose de um anestésico que se tornaria famoso, quando se preparava para voltar aos palcos, e seu relacionamento amoroso de sete anos com o produtor musical Jermaine Dupri – responsável por Discipline — chegou ao fim. Nesse período, a música, e a maneira de fazê-la, também mudaram. O EDM (Eletronic Dance Music), sigla que cobre os diversos ramos da música eletrônica, se popularizou, sacudindo pistas em clubes e festivais lotados – assim como fazia Janet quando ficou famosa, em 1986, ao lançar Control, álbum que a levou ao estrelato. Foi, aliás, aos produtores desse disco, Jimmy Jam e Terry Lewis, que a cantora recorreu para repaginar seu som em Unbreakable. Lançado nesta semana, o 11º álbum de Janet Jackson reflete as transformações por que ela passou.

LEIA TAMBÉM:

Janet Jackson visita o pai internado em SP

Ex-funcionário diz ter 20 músicas inéditas de Michael Jackson

Michael Jackson rendeu mais de US$ 2 bilhões desde sua morte

Continua após a publicidade

A nova Janet dá as caras logo na faixa de abertura, a que batiza o disco, marcada pelo encontro de voz aguda da cantora com uma linha de baixo e batidas eletrônicas, combinação que resulta em um clima dançante. As batidas graves fazem da música seguinte, BURNITUP!, que conta com a participação da rapper Missy Elliot, uma faixa com grandes chances de ser hit. O refrão colabora: não é necessário escutá-lo mais do que duas vezes para cantarolar “Hurt your body, burn it up more“.

Depois, em Dammn Baby, a modernosa artista de 49 anos imprime seu canto agudo, o mesmo de artistas como Mariah Carey e Christina Aguilera, sobre batidas extremamente graves, como manda a cartilha da EDM. A composição tem um viés pessoal maior do que as anteriores, por falar sobre a mudança sonora de Janet: “Ya same ol’ song is draggin me down, not good for my body, change it up” (“Sua mesma e velha canção me põe para baixo, não é boa para meu corpo, mude”).

A quinta faixa, Shoulda Know Better, tem um tom social. Nela, Janet pede às pessoas para ir além das manchetes se quiserem realizar mudanças no mundo. “Cause critics only wanna talk, while enlightened minds and open hearts together make this world a better place“. (“Porque críticos só querem falar, enquanto as mentes iluminadas e os corações abertos fazem, juntos, do mundo um lugar melhor”).

As dores pessoais vêm nas duas faixas seguintes, After Your Fall e Broken Hearts Heal. Tristes, elas falam de Michael, o irmão morto aos 51 anos, em 2009. Na segunda, Janet, ao mesmo tempo em que faz uma homenagem ao irmão, dá uma pista sobre a sua nova religião: “But our love’s ain’t no material thing, Inshallah, see you in the next life” (“Mas nosso amor não é material, Inshallaah, te vejo na próxima vida”).

Continua após a publicidade

O islamismo vem sendo apontado como o novo credo de Janet desde que a cantora, já divorciada de Dupri, se casou com um executivo do Qatar. Mas ela mantém a vida pessoal em segredo – tanto que não se sabe o nome do novo marido. Pistas não faltam, contudo, sobre a nova fé de Janet. Ela até compôs uma canção chamada Black Eagle, em referência ao pássaro que é símbolo do Islã. Há, inclusive, um trecho em que a cantora cita a Sala Número 4, espaço em Jerusalém, Israel, onde crianças palestinas são levadas para ser interrogadas por autoridades israelenses.

O clima de romance toma conta de 2 B Loved, Take me Away e No Sleep, que conta com participação do rapper J. Cole. As três, contudo, não condizem com a qualidade das outras faixas do CD, encerrado com a animada Gon’B Alright.

Janet Jackson se moderniza em Unbreakable ao misturar elementos do início da carreira, na década de 1980, com batidas e ritmos atuais, como o EDM, além de mostrar seu lado de boa compositora. É um ótimo disco pop, cuja sonoridade reflete o estilo propagado pelas caixas de sons de baladas e festas, muitas das quais influenciadas pela própria Janet, que retorna com canções vocacionadas às paradas de sucesso. Justin Bieber e Taylor Swift que se cuidem.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.