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James Bond encara fantasmas em ‘007 contra Spectre’

Novo filme da franquia faz apanhado da atual fase do agente secreto, enquanto tenta superar o ótimo ‘Operação Skyfall’

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 nov 2015, 08h07

Receber o legado de um antecessor que extrapolou o sentido do termo bem-sucedido, pode ser, em vez de bênção, uma maldição. O filme 007 contra Spectre, 24º da franquia de James Bond, encontrou esse cenário ao suceder o aplaudido e rentável 007 – Operação Skyfall, longa de 2012, vencedor de duas estatuetas no Oscar e dono da maior bilheteria da história da franquia, com 1,1 bilhão de dólares arrecadados no mundo. Para tentar repetir o sucesso, a equipe completa de produtores de Skyfall e o diretor Sam Mendes foram novamente recrutados para conduzir a nova aventura moderna do agente mais frio, imbatível e pegador do cinema. O resultado é uma sequência belíssima, de tirar o fôlego, que mantém a qualidade lá em cima – mas não tira a coroa de seu antecessor.

Além do “fantasma” Skyfall, a produção que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira tem um roteiro repleto de antigos desafetos do agente – alguns até então desconhecidos – em um inesperado apanhado da série, que ganha o que parece ser um ponto final para a atual fase.

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Daniel Craig retorna ao elegante terno de James Bond, em seu quarto filme como o protagonista e segundo com Mendes na direção. Logo na sequência de abertura, o agente 007 parte solo para a América Latina, a fim de resolver um enigma deixado por sua antiga chefe, M (Judi Dench). Durante a celebração do Dia dos Mortos, na Cidade do México, Bond anda pelas ruas com uma máscara de caveira, típica da festa, antes de entrar no quarto de um hotel com uma bela morena (Stephanie Sigman, de Narcos). Ao abandonar a fantasia (e a donzela), ele ajusta o terno antes de percorrer os telhados das antigas construções e interromper os planos de um grupo terrorista, causando, ao mesmo tempo, um estrago imenso na cidade. A sequência termina, literalmente, nas alturas, quando Bond encara os bandidos em um helicóptero que sobrevoa a festa.

O México é só um aquecimento para as muitas outras cenas de ação e perseguição que estão por vir em outras paisagens internacionais. Bond e seu rastro de destruição passam por uma corrida de carrões na Itália, um embate nas gélidas estradas da Áustria e, por fim, na cidade de Londres, que volta ao centro da trama, com mais carros, helicópteros e, por que não, um barco em alta velocidade no Rio Tâmisa.

Bond passa boa parte do filme sem sua equipe, que precisa lidar com o cenário pós-morte de M, posto agora ocupado pelo ator Ralph Fiennes. A organização é colocada em cheque por C (Andrew Scott), novo nome forte da Inteligência britânica, ansioso por dar fim aos agentes 00 e substitui-los por um esquema de alta-tecnologia para proteger não só a Inglaterra, mas também os países que toparem dividir suas informações secretas.

Bond, sob severa vigilância – o que não significa muito quando você é o 007 -, deixa os dramas políticos enquanto lida com as consequências de sua aventura no México. Na Itália, durante o velório do homem que ele matou, ele encontra Lucia (Monica Bellucci), a viúva que espera pela morte por saber demais. Ela é salva pelo agente, com quem passa a noite, antes de conceder informações que o levam a uma reunião da organização Spectre, um tipo de clube do mal com vilões do dia a dia (políticos, indústria farmacêutica, terroristas…).

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Quem senta no topo da cadeia alimentar dos bandidos é Franz Oberhauser (Christoph Waltz), um fantasma do passado de Bond. Outros “zumbis” voltam à vida, entre eles Mr. White (Jesper Christensen), o vilão de Quantum of Solace, segundo filme da nova fase do 007, pai de Madeleine Swann (Léa Seydoux), a bond girl mais importante da era Craig.

Apesar da excelente atuação, Waltz fica na sombra do antagonista anterior, o imbatível e caricato Silva, de Javier Bardem. Drama vivido pelo próprio Craig, que em Skyfall revelou o raro lado sensível e familiar de Bond, agora ocupado por um romance arrebatador e pouco verossímil vivido com Madeleine. As comparações com o filme de 2012, contudo, não minam o potencial de entreter da nova aventura do longa.

Em um clima de despedida, o longa faz um resumo das três últimas produções do agente. Antigos impostores e romances são citados pelo líder da Spectre, já que a organização era casa de toda a vilania que atormentou a vida de 007 até o momento. Rumores dizem que Sam Mendes não volta à franquia, Craig também já falou que prefere cortar os pulsos a viver novamente James Bond. Se assim for, a dupla faz bem. Como diz a sabedoria popular, eles sairão no auge e deixarão uma missão ainda mais difícil para seus futuros substitutos.

Sam Smith

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Com voz desanimada e estilo orquestral pomposo, o britânico Sam Smith é o autor de Writing’s on the Wall, música-tema de 007 contra Spectre, novo filme do espião James Bond. 

Adele

A cantora britânica levou o Oscar de melhor canção original pela música Skyfall, tema do longa 007 – Operação Skyfall (2012), do diretor Sam Mendes com Daniel Craig no papel do protagonista. 

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Chris Cornell

Vocalista da banda grunge Soundgarden, Chris Cornell compôs a canção You Know My Name ao lado de David Arnold para 007 – Casino Royale (2006), primeiro filme com Daniel Craig no papel do espião James Bond.

Alicia Keys & Jack White

Another Way to Die é resultado da inusitada parceria entre a cantora pop Alicia Keys e o roqueiro Jack White. A música fez parte da trilha de 007 – Quantum of Solace (2008), dirigido por Marc Forster.

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Madonna

Em 007 – Um Novo Dia para Morrer (2002), último filme de Pierce Brosnan como James Bond, Madonna emprestou sua voz para Die Another Day, música tema do longa. No clipe da faixa, a cantora escapa de ser torturada e luta esgrima enquanto canta e dança.

Paul McCartney & Wings

A clássica música Live and Let Die foi composta por Paul McCartney com sua esposa à época, Linda McCartney, especialmente para o filme Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973). George Martin, produtor dos Beatles, foi o responsável por dar forma à faixa e criar o arranjo de orquestra.

Garbage

A banda de rock alternativo Garbage foi escolhida para interpretar The World Is Not Enough, do filme 007 – O Mundo Não É o Bastante (1999). Composta por David Arnold e Don Black, a letra mostra o ponto de vista de Elektra King (Sophie Marceau) sobre os acontecimentos da trama.

https://youtube.com/watch?v=JXjnwXUN1Mg

Duran Duran

Em 007 – Na Mira dos Assassinos (1985), último filme de Roger Moore como James Bond, a banda Duran Duran interpretou a canção A View to Kill, a única música tema dos longas de 007 a ficar em primeiro lugar no ranking americano Billboard Hot 100, que lista as mais escutadas nos Estados Unidos.

https://youtube.com/watch?v=eszhV1M3Dk8

Shirley Bassey

Durante a 85ª cerimônia de premiação do Oscar, em 2013, comemorou-se aniversário de 50 anos dos filmes de James Bond. A homenagem exibiu cenas marcantes dos longas e, antes do término, a galesa Shirley Bassey, 73 anos, subiu ao palco para cantar Goldfinger, música de 007 Contra Goldfinger (1964) que ela gravou para o longa.

Nancy Sinatra

Composta por John Barry e Leslie Bricusse, You Only Live Twice fez parte do filme Com 007 Só se Vive Duas Vezes (1967) e foi interpretada por Nancy Sinatra, filha de Frank Sinatra.

John Barry

O músico e compositor britânico John Barry criou a lendária música tema de James Bond, chamada simplesmente de James Bond Theme. A canção fez parte de O Santânico Dr. No (1962), primeiro filme do espião britânico, e desde então tem sido usada de formas distintas nas demais produções.

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