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Ingrid Bergman, um talento que completaria 100 anos

Por Da Redação
29 ago 2015, 11h40

Há exatos cem anos, nascia em Estocolmo (Suécia) Ingrid Bergman, uma das maiores atrizes da história do cinema e com uma vida digna de filme.

Após perder a mãe aos três anos e o pai aos 12, Ingrid primeiro foi criada por uma tia, que também morreu precocemente, e depois por um tio, até se casar com o dentista Peter Lindstrom, aos 22 anos. Apesar da pouca idade, ela já era, então, uma atriz respeitada na Suécia por seus trabalhos no teatro e pela formação na prestigiada Royal Dramatic Theater School of Estocolmo, a mesma na qual, anos antes, havia estudado Greta Garbo.

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Ingrid estreou no cinema aos 17 anos, com um pequeno papel em Landskamp (1932). Ainda no início dos anos 1930, fez Valborgsmässoafton, lançado no Brasil como O Grande Pecado (1935). Mas o grande impulso da carreira da atriz veio com o a parceria com o diretor Gustaf Molander, com quem fez filmes como Swedenhielms (1935), Pa Solsidan (1936) e Intermezzo (1936), que chamou a atenção do superpoderoso produtor David O. Selznick e lhe rendeu um convite para filmar um remake do longa em Hollywood.

Ingrid não parou de trabalhar e na década seguinte protagonizou treze longas-metragens. Alguns fazem parte dos clássicos mais importantes da história do cinema, o que fez da jovem sueca uma das maiores estrelas da época. Um dos títulos mais lembrados, apesar de a estreia ter ocorrido há mais de 70 anos, é Casablanca. Depois, ela foi indicada pela primeira vez ao Oscar pelo papel em Por Quem os Sinos Dobram (1943), ganhando a primeira estatueta no ano seguinte, com À Meia Luz (1944).

Em 1945, Ingrid começou outra parceira importante, esta com o diretor Alfred Hitchcock. Quando Fala o Coração abriu a sequência que teria o brilhante Interlúdio (1946) e seria encerrada com Sob o Signo de Capricórnio (1949). No meio do caminho, ela foi outra vez indicada ao Oscar por Joana D’Arc (1948). Hitchcock era “um adorável” gênio nas palavras da atriz, que fez uma emotiva homenagem a ele em 1979, quando apresentou o prêmio pela carreira do diretor concedido pela American Film Institute.

O terceiro cineasta que marcaria não só a carreira de Ingrid, mas também a sua vida, foi o italiano Roberto Rossellini. A atriz viu Roma, Cidade Aberta (1945) de Rossellini, e em 1948 enviou a ele uma carta que entraria para a história. “Vi seus filmes Roma, Cidade Aberta e Paisà, e fiquei encantada. Se precisar de uma atriz sueca que fale bem inglês, que não esqueceu o alemão, que não é muito compreensível em francês e que em italiano só saber dizer ‘Ti amo’, estou na lista para fazer um filme com o senhor”, escreveu Ingrid. O resultado da investida foram seis filmes e três filhos — além de um enorme escândalo para a época, já que ambos estavam casados quando se conheceram. A atriz abandonou o marido e a filha, Pia, por Rossellini.

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Stromboli (1950), Europa ’51 (1952) e Romance na Itália (1954) foram os três trabalhos mais destacados desta união antes que a atriz retornasse a Hollywood, primeiro com o filme Anastácia, A Princesa Esquecida (1956), sua quinta indicação e segundo Oscar, e depois em pessoa, em 1959, para apresentar o prêmio de melhor filme na cerimônia da premiação. “Passei de santa a p*** e depois a santa de novo, tudo isso em uma única vida”, brincou a atriz, muito aplaudida ao subir ao palco para anunciar o vencedor da categoria principal.

Mas seu retorno a Hollywood não resultou em bons filmes. Nem mesmo aquele pelo qual ganhou seu terceiro Oscar, Assassinato no Expresso Oriente (1974) merece o adjetivo. O seu melhor longa-metragem, já no fim da carreira, foi Sonata de Outono, do cineasta sueco Ingmar Bergman, lançado em 1978. A atriz morreu quatro anos depois, no próprio dia de seu aniversário, aos 67, após lutar por muito tempo contra um câncer de mama.

(Com agência EFE)

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