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Indicada ao Oscar diz que boicote à premiação “é racismo contra brancos”

Charlotte Rampling, indicada por sua atuação em '45 Anos’, não vê motivos de cotas para negros na Academia

Por Da Redação
22 jan 2016, 14h36

A controvérsia envolvendo a falta de diversidade no Oscar continua a crescer. A última a entrar na discussão foi Charlotte Rampling (Melancolia), que foi indicada ao prêmio de melhor atriz por 45 Anos. Segundo ela, o boicote à premiação – apoiado por artistas como Spike Lee e Will Smith – é na verdade uma espécie de racismo contra os brancos.

Charlotte, que foi indicada pela primeira vez ao prêmio, deu a declaração durante uma entrevista à rádio francesa Europe1. Quando questionada sobre a proposta do boicote, disse o seguinte: “Isso é racismo contra os brancos. É difícil saber se é o caso, mas pode ser que atores negros não merecessem estar na lista.” A atriz tampouco se mostrou favorável à criação de cotas para melhorar a diversidade na premiação. “Por que classificar as pessoas? Vivemos numa época onde somos mais ou menos aceitos. Mas sempre haverá problemas. Por isso é preciso criar milhares de pequenas minorias em todo canto?”, questionou.

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Outro ator que comentou sobre o assunto foi Michael Caine. O vencedor de dois Oscars disse em uma entrevista à rádio BBC que não é necessário votar em um ator só porque ele é negro. “Há vários atores negros. Você não pode votar em um ator só porque ele é negro. Você não pode simplesmente dizer, ‘Ele não é muito bom, mas ele é negro. Vou votar nele.’ Você tem que votar em uma boa performance.” Caine também disse ter ficado surpreso ao saber que o ator negro Idris Elba não foi indicado ao Oscar pelo seu trabalho em Beasts of No Nation, e que não pretende ir à premiação pois “é uma viagem muito longa para apenas ficar sentado e aplaudir o Leonardo DiCaprio”.

Após dois anos consecutivos com nenhum negro entre os vinte indicados nas categorias de atuação e as várias críticas pela falta de diversidade no Oscar, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas estaria planejando mudar o formato da premiação, segundo o jornal The New York Times. Os organizadores estão estudando aumentar o número de indicados nas categorias de atuação. As vagas, que atualmente são limitadas a cinco, podem ser expandidas até dez, o que possibilitaria que entre os que concorrem à estatueta fossem representadas mais minorias.

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