‘Império’: Nazaré baixa em Cora e ‘elogia’ Aguinaldo Siva

Que Aguinaldo Silva é chegado numa autorreferência e autoelogio não é novidade. Na cena em que os picaretas Magnólia (Zezé Polessa) e Severo (Tatu Gabus Mendes), pais da lolita Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa), ficam ricos no Jockey, o cavalo em que os dois apostam leva aquele que foi o nome provisório de Império antes de ela se chamar assim: Falso Brilhante. E o cavalinho azarão vencerá dois outros batizados com nomes de novelas de Silva: Fina Estampa, a última, e Tieta, que ele assinou com Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn em 1989.

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“Na metade do páreo, ao ver que o cavalo Falso Brilhante, no qual apostou, vem sempre em último, Severo não resiste e cai desmaiado. Magnólia pede ajuda aos outros apostadores que os rodeiam, mas eles, de olho no páreo, não lhe dão a menor bola. A voz do narrador oficial ao fundo: ‘Avenue na frente, depois Tieta, Fina Estampa, Lucy in the Sky… E Falso Brilhante em último!'”, diz trecho do capítulo em que a cena está embutida, previsto para ir ao ar nas próximas semanas.

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Pois nesta segunda-feira quem ressurgiu do mundo dos mortos de Aguinaldo Silva, sem cão Cérbero para acompanhar, foi Nazaré Tedesco, a vilã imortalizada por Renata Sorrah em Senhora do Destino, novela que sustenta o recorde de audiência dos últimos dez anos da Globo. Nazaré, que já havia inspirado malfeitos de Teresa Cristina (Christiane Torloni) em Fina Estampa (2011), dessa vez baixou em Cora, a virgem que é pura em apenas um aspecto — o mais bíblico de todos.

A incorporação acontece depois de Cora ter seu pedaço do diamante rosa do Comendador José Alfredo (Alexandre Nero) — pedra que milagrosamente se espatifou no chão, no meio do tumuilto causado por sem-tetos e policiais no bairro de Santa Tereza — roubado por Fernando (Erom Cordeiro). O ex-noivo de Cristina (Leandra Leal), que ficou com outro caco valioso, foi atrás da vilã de arma em punho. Mas, depois de arrancar seu pedaço so0 as súplicas de “Pare, por favor, eu sou religiosa”, o tolinho parou para comemorar bem no topo da escada. Foi o que bastou para ser empurrado degraus abaixo.

“Eu venci, eu venci”, diz ele, ao que Cora retruca. “Vou ter de bancar a advogada do diabo e discordar de você”, antes de meter um belo pontapé no coitado. “Nunca dê as costas a uma mulher sozinha e desvalida”, diz ela, em seguida, para então apanhar os dois cacos do diamante rosa e arrastar o corpo agonizante de Fernando pelo chão da sala de casa.

Para dar cabo de Fernando, Cora convoca seu admirador, Jairo (Julio Machado), o maior candidato a Cérbero de Império. Ela promete entregar sua virgindade se ele tirar a vida do ex-noivo de Cristina. “Depois que ele descobriu que eu era pura, virgem, começou a me olhar atravessado e a rondar a minha casa. E hoje, aproveitando a baderna aí na rua, entrou na casa e me pegou no quarto, na minha intimidade. Eu o expulsei a tapa, ele fugiu e rolou escada abaixo”, diz ela a Jairo, justificando o estado quase vegetativo de Fernando e tentando connvecer Jairo a finalizar o serviço. O filho de Jurema (Elizângela) ainda sugere levar o pobre para o hospital. “Para quê? Para ele dizer que eu tentei dar cabo dele? Eu posso terminar atrás das grades, é isso que você quer?”, rebate Cora. “Não, não, eu não quero te perder”, diz Jairo.

Império, vale lembrar, é um mosaico de outras tramas suas como Suave Veneno, Duas Caras, Senhora do Destino e Tieta, de onde vêm algumas das peças que compõem a personagem Cora (Drica Moraes), a virgem de 50 anos: