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Diretores revelam os bastidores de ‘Madagascar 3’

Produção fez safári na África, visitou o cassino de Monte Carlo e foi a Roma para reconstituir os cenários nos mínimos detalhes

Por Carlos Helí de Almeida
8 jun 2012, 16h02

“O gerente do cassino de Monte Carlo nos guiou por todos os cantos do estabelecimento, até sobre o teto, onde parte da ação de passa. Tiramos fotos e filmamos tudo”

A imagem que o público tem dos bastidores da realização de um desenho animado é a de um bando de animadores e técnicos trancafiados em suas salas, meses a fio debruçados sobre telas de computador. A equipe da franquia Madagascar, cujo terceiro episódio está em cartaz nos cinemas brasileiros desde esta quinta-feira, dia 7, no entanto, tem vários carimbos em seus passaportes para provar que nem sempre é assim.

“Para fazermos Madagascar 2 – A Grande Escapada, que se passa totalmente na África, nos foi sugerido por Jeffrey Katzenberg, diretor do estúdio (DreamWorks), que fizéssemos um safári de duas semanas por lá”, contou Eric Darnell, coautor dos três filmes da série, durante o Festival de Cannes, onde a terceira aventura com o leão Alex, a zebra Marty, a hipopótamo Gloria e a girafa Melman ganhou projeção especial.

O orçamento da viagem entra na conta da ambientação, realista nos mínimos detalhes. “É uma estratégia muito valiosa, porque os diretores e os chefes do departamento de arte voltam dessas viagens com milhares de fotos e dezenas de vídeos sobre as locações que pretendemos reproduzir no filme”, continua Darnell, também coautor dos roteiros dos três longas-metragens.

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Em Madagascar 3: Os Procurados, o roteiro dessas expedições foi significativamente ampliado. Grande parte da trama do novo filme se passa em cidades da Europa, como Roma, Londres e Monte Carlo. O bairro mais luxuoso do principado de Mônaco, por exemplo, serve de palco para uma incrível perseguição na terra e no ar, que começa dentro do famoso cassino local e termina no Mar Mediterrâneo, que banha o país.

A reconstituição de interiores e exteriores, particularmente do cassino de Monte Carlo, é minuciosa. “O gerente da casa de jogos nos guiou por todos os cantos do estabelecimento, até sobre o teto, onde parte da ação de passa. Tiramos fotos e filmamos tudo. Eles foram muito atenciosos conosco”, contou Darnell.

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O mesmo se repetiu nas demais cidades que serviram de cenário para a animação, nos endereços onde uma pesquisa mais profunda se fez necessária. “O interessante desses filmes de viagem é que cada cidade tem uma característica importante para oferecer, o que acaba sendo muito útil à história que estamos contando. Monte Carlo é marcada pela luz que é refletida no Mediterrâneo, o tom terracota é presença forte em Roma, então merecia cores mais mornas. A gente faz dessas locações personagens”, elaborou o codiretor Tom McGrath, à frente da franquia desde o primeiro filme.

“Foi legal romantizar essas cidades, que são conhecidas no mundo inteiro. E depois tirar sarro delas”, riu Conrad Vernon, que codirigiu sucessos como Shrek 2 (2004) e Monstros VS. Alienígenas (2009), antes de estrear na franquia com Os Procurados. O filme inclui uma visão do novo World Trade Center, que estava sendo construído ao lado do memorial do 11 de setembro, em Nova York. “A gente sabia que o prédio estaria pronto à época da estreia de Madagascar 3, então o incluímos, informou Vernon.

Lançada em 2005, a primeira aventura da franquia mostra Alex (voz de Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Gloria (Jada Pinkett Smith) e Melman (David Schwimmer) fugindo do zoológico do Central Park, em Nova York, e se perdendo nas florestas de Madagascar, na costa da África. A sequência, que chegou aos cinemas três anos depois, flagra os quatro amigos encalhados na África, depois de uma tentativa fracassada de retorno aos Estados Unidos.

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Faturamento – Juntos, os dois primeiros filmes faturaram mais de um bilhão de dólares ao redor do mundo. McGrath disse que, a princípio, Os Procurados fecha o ciclo de estripulias do quarteto e de seus amigos pinguins, mas não descarta totalmente a possibilidade de uma quarta sequência. “É uma honra, para nós, termos conseguido fazer uma trilogia tão bem-sucedida dentro de um segmento tão competitivo. Se tivermos uma grande ideia para uma nova aventura e o público demonstrar interesse por ela, é claro que poderemos fazer novos filmes”.

Os Procurados é o primeiro título da trilogia em 3D. A história reencontra Alex, Marty, Gloria e Melman deixando a África em direção à Europa, atrás de seus amigos pinguins, que foram gastar o ouro que encontraram no cassino de Monte Carlo. Lá, a operação resgate sai dos trilhos, e os bichos são perseguidos por toda a Europa por uma implacável agente de controle de animais, meio Cruela Cruel, meio Marlene Dietrich, que ganhou a voz de Frances McDormand.

O novo filme apresenta outros novos personagens/vozes na franquia. Na fuga, os heróis se misturam à trupe de um circo itinerante composto só por animais, como a jaguatirica Gia (Jessica Chastain) e o leão marinho Stefano (Martin Short). “Sempre procuro projetos com personagens diferentes daqueles que já fiz, e Madagascar 3 foi uma ótima oportunidade de diversificar. Nunca imaginei que um dia iria interpretar uma jaguatirica italiana”, contou Jessica, indicada ao Oscar de atriz coadjuvante por seu desempenho em Histórias Cruzadas.

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Ex-estrela de comédias americanas nos anos 80, e que na última década dedicou-se à TV e ao teatro, Martin Short volta aos cinemas emprestando a voz a um dos personagens mais carismáticos do novo núcleo de Madagascar.

“O legal de fazer animação é que você tem muita liberdade para improvisar durante as sessões de gravação. Meu maior problema foi o sotaque muito carregado do Stafano. Eu tive um instrutor de voz para me ajudar, mas na hora de entrar na cabine para gravar as falas eu estava sozinho. Então só confiava na minha memória”, explicou Short.

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