Diretor do Balé Bolshoi tem o rosto queimado após ataque

Desconhecido lançou líquido em Sergei Filin, que precisará de pelo menos seis meses para se recuperar dos ferimentos. O agressor fugiu

Por Da Redação
18 jan 2013, 09h28

Sergei Filin, diretor da Companhia de Balé do Teatro Bolshoi (Yuri Kadobnov/AFP/VEJA)

O diretor da Companhia de Balé do Teatro Bolshoi, Sergei Filin, deu entrada nesta sexta-feira em um hospital em Moscou com queimaduras graves no rosto após ser atacado com um líquido não identificado, possivelmente algum tipo de ácido, segundo informaram as autoridades russas. O agressor fugiu.

O ataque aconteceu durante a madrugada desta sexta-feira em um estacionamento no centro da capital russa, onde uma pessoa não identificada lançou a substância no rosto da vítima, segundo o Ministério do Interior.

A emissora russa Canal 1 revelou que os médicos estão preocupados com a vista de Filin, já que seus olhos foram muitos atingidos. A equipe que cuida do artista estima que ele necessitará de pelo menos seis meses para recuperar-se dos ferimentos.

Cargo – Os colegas de Filin relacionam o ataque ao seu trabalho à frente da companhia de balé. “Ele tem sido ameaçado desde que assumiu o cargo. Antes de sua chegada, seus antecessores também eram pressionados. Nunca tínhamos pensado que a guerra pelos papéis pudesse chegar a esses extremos criminosos”, lamentou a assessora de imprensa do Bolshoi, Katerina Novikova.

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Os colegas de Filin lembram que alguém furou os pneus do seu carro na véspera do ataque. Além disso, asseguram, a vítima era objeto de constantes ligações telefônicas ameaçadoras.

A polêmica e os escândalos perseguem o Teatro Bolshoi, a pérola das artes cênicas russas, cujo lendário cenário principal esteve fechado para obras durante seis anos e reabriu em outubro de 2011.

(Com agência EFE)