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‘Ataquem o Oscar’, diz diretor de Cannes sobre acusações de machismo

Após a controvérsia relacionada às sandálias das convidadas, Thierry Frémaux respondeu dizendo que outras premiações deveriam ser criticadas com o mesmo vigor pelas feministas

Por Da Redação
21 Maio 2015, 19h07
A atriz Cate Blanchett ao lado do diretor Thierry Frémaux durante apresentação do filme 'Sicario' em Cannes
A atriz Cate Blanchett ao lado do diretor Thierry Frémaux durante apresentação do filme ‘Sicario’ em Cannes (VEJA)

Thierry Frémaux, diretor artístico do Festival de Cannes, não está nada feliz com os comentários sobre a questão das mulheres na premiação. Para além da situação das representações de gêneros no cinema, em que os homens ocupam a maior parte dos cargos, a última edição do evento se viu envolvida em uma controvérsia que movimentou as manchetes e as redes sociais: um grupo de mulheres de cerca de 50 anos teria sido barrado no festival por usar sapatos sem salto, antes da exibição do filme Carol, que traz a atriz Cate Blanchett em um romance lésbico com Rooney Mara. Frémaux respondeu às acusações de sexismo tentando se livrar da culpa ao repassá-la para outro alvo das feministas, a premiação do Oscar, e afirmou que outros festivais deveriam ser atacados com o mesmo vigor, segundo informações do site do jornal britânico The Guardian.

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“O debate ocorre sempre em maio”, disse Frémaux durante o evento Women in Motion, que celebra o talento das mulheres no cinema e incentiva a reflexão sobre o papel dos gêneros na indústria cinematográfica. “Ataquem o Oscar, não só o festival. Cannes é parte de uma cadeia, não seu único elo”, afirmou o diretor de acordo com o site da revista americana Entertainment Weekly.

O caso do salto alto foi tema de mensagens nervosas nas redes sociais. A notícia da proibição das sandálias baixas, divulgada primeiramente pelo site da revista Screen, resultou em críticas de atores e diretores que participam do evento. Mas a organização negou que aconteça tal discriminação.

“O rumor segundo o qual o Festival de Cannes exige salto alto para as mulheres é infundado”, esclareceu em um tuíte o diretor artístico do festival. Os convites de gala do evento informam, sem mais detalhes, que os frequentadores devem trajar “smoking, vestido de festa”, mas não faz menção a saltos. “A situação foi, provavelmente, resultado de um excesso de zelo de um dos seguranças”, afirmou.

O escândalo tem sido o principal assunto do festival. A atriz Emily Blunt declarou estar “muito decepcionada” em entrevista à revista Screen. Por um lado, há certo fundamento na fala de Thierry Frémaux quando ele questiona o posicionamento dos outros festivais, porém, também há certo paradoxo na situação criada a partir do dress code da ocasião.

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Cannes tem se esforçado em mostrar comprometimento com as causas das mulheres, seja com a criação do programa Women in Motion nesta 68ª edição em parceria com a Kering, ou até com a escolha do filme de abertura, Standing Tall, da diretora Emmanuelle Bercot. A diretora, contudo, traz um ponto relevante desta discussão durante sua fala do inicio do Festival, de acordo com o The Guardian: “Eu não sinto que tenha sido um prestígio uma mulher ser escolhida. O filme ser selecionado é que se trata de uma honra”.

Apesar das melhorias na igualdade de gênero com relação aos diretores, Frémaux admite que ainda há mudanças a serem feitas nos bastidores. “Quando eu cheguei a Cannes, logo no inicio, havia mais mulheres no comitê de seleção. Cannes nada mais é do que um espelho.”

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‘Il Racconto dei Racconti’, de Matteo Garrone

Depois de estourar com Gomorrah e Reality, o diretor italiano volta-se para os contos de fadas, adaptando histórias de Giambattista Basile (1566-1632), que reuniu algumas das primeiras versões de Rapunzel e Cinderela. No elenco, Salma Hayek, Vincent Cassel e John C. Reilly. É o primeiro filme do cineasta falado inglês.

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The Lobster
The Lobster (VEJA)

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‘Irrational Man’, de Woody Allen

Emma Stone faz seu segundo trabalho em sequência com o veterano diretor nova-iorquino, com quem já rodou Magia ao Luar (2014). Ela é a estudante por quem um professor de filosofia em crise existencial (Joaquin Phoenix) se apaixona, encontrando propósito na vida. O longa-metragem foi rodado na pitoresca Newport, no Estado de Rhode Island. 

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‘Mia Madre’, de Nanni Moretti

O italiano Nanni Moretti gosta de usar elementos autobiográficos. Em Mia Madre, usa a experiência de perder sua mãe durante as filmagens de Habemus Papam (2011) como a inspiração para a cineasta Margherita (Margherita Buy), que tenta levar adiante seu longa de fundo político enquanto cuida da mãe e lida com um astro complicado (vivido por John Turturro).  

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https://www.youtube.com/embed/0P-gn9dZG7s
‘Carol’, de Todd Haynes

Baseado em um romance de Patricia Highsmith, mostra a história da jovem Therese (Rooney Mara) que se apaixona por Carol, uma mulher casada e mais velha (Cate Blanchett), na Nova York dos anos 1950. Kyle Chandler (Bloodline) interpreta o marido de Carol. Entre Eu Não Estou Lá (2007) e Carol, Todd Haynes fez a minissérie Mildred Pierce

Sicario
Sicario (VEJA)

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‘Youth’, de Paolo Sorrentino

Em seu segundo filme falado em inglês – o primeiro foi Aqui É o Meu Lugar, com Sean Penn –, o italiano Paolo Sorrentino mostra dois velhos amigos, o compositor e maestro Fred (Michael Caine) e o cineasta Mick (Harvey Keitel), em férias num hotel nos Alpes. Paul Dano, Jane Fonda e Rachel Weisz também estão no elenco. 

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Love
Love (VEJA)

Macbeth
Macbeth (VEJA)

(Da redação)

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