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‘Debi & Lóide 2’ une nostalgia a vergonha alheia

A sequência do besteirol estrelado por Jim Carrey e Jeff Daniels em 1994 mata saudade dos fãs, mas peca pelo humor forçado e pelo pastelão

Por Rafael Costa
13 nov 2014, 12h38

Vinte anos após o lançamento do filme original, os cineastas Peter e Bob Farely retornam à direção de Debi & Lóide 2 para matar a saudade dos fãs e fazer reviver os personagens marcantes de Jeff Daniels e Jim Carrey. Repetindo a mesma fórmula de cenas absurdas, caretas exageradas, piadas sobre flatulência e brincadeiras com comida, a sequência é capaz de tirar gargalhadas sinceras do público, mas se excede no humor do tipo pastelão, em cenas que poderiam sido evitadas para não causar aquele sentimento de vergonha alheia em quem está assistindo.

No novo longa, a dupla de crianções Lloyd Christmas (Carrey) e Harry Dunne (Daniels) – que em português é conhecido Debi Dunne – embarca em uma nova viagem cômica pelas estradas dos Estados Unidos. Desta vez, eles vão em busca da suposta filha de Debi, Penny (Rachel Melvin), que foi entregue para adoção pela mãe biológica, Fraida Felcher (Kathleen Turner), em 1991. A história é guiada pelo estilo road movie do início ao fim, recheado de aventuras e obstáculos inusitados ao longo do caminho, e é finalizada com os dois chegando a uma conferência de tecnologia no Texas, onde Penny irá conceder uma palestra e exibir um invento de seu pai adotivo, o cientista Bernard Pinchelow (Steve Tom).

Aqueles que assistiram ao primeiro filme vão identificar uma série de referências, tanto de personagens, como piadas e demais elementos. Uma delas é trazida pelo ator Brady Bluhm, que repete o papel do garoto cego Billy, presenteado com um pássaro sem cabeça por Lloyd no primeiro filme. O carro em formato de cachorro também reaparece durante a viagem, assim como algumas tiradas. Como quando o personagem de Carrey pergunta, “Está a fim de ouvir o barulho mais chato do mundo?”, e em seguida toca incessantemente a campainha da casa dos pais adotivos de Penny. A sequência remete a uma cena do primeiro longa em que ele diz a mesma frase antes de gritar no ouvido do criminoso Joe Mentalino (Mike Starr).

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A fórmula de reviver elementos da história original funciona bem e dá um ar de continuidade para uma franquia composta por dois filmes distantes no tempo. Carrey e Daniels também conseguem repetir de maneira impecável e sem esforço os dois trapalhões, como se tivessem vivido o papel dias atrás. A dupla, contudo, não traz nada de inovador em relação à produção de 1994. E abusa das caretas, que podem fazer o público esconder o rosto na sala do cinema. Além disso, o final pouco empolgante e sem grandes surpresas deixa a desejar, principalmente por se tratar de um provável desfecho da franquia.

Debi & Lóide 2 não decepciona a quem gosta de besteirol, mas só.

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