Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

De Taylor Swift a Anitta, os melhores e piores clipes do ano

Por Da Redação
29 dez 2014, 14h27

A cultura do videoclipe é antiga e tem ganhado novos contornos em época de sites como YouTube e Vevo. Quanto mais popular um clipe, melhor para o músico, que além de ganhar um retorno financeiro por visualizações e patrocinadores também vê outras faixas do disco pegarem carona no sucesso da produção. E para ganhar popularidade vale de tudo, desde festinha ostentação com rappers até o indefectível uso de mulheres seminuas rebolando sem parar, artificio usado com primor por cantoras como Anitta e Nicki Minaj.

Leia também:

Videoclipe renasce na web e vira fonte de receita para artistas

Sertanejo Lucas Lucco supera Katy Perry no YouTube

Para a sorte dos olhos humanos, outros artistas apostam no bom gosto, e produzem clipes dignos de serem assistidos mais de uma vez. Caso de gente rara como a cantora Taylor Swift, que despertou seu lado atriz para o vídeo de Blank Space, e de Pharrell Williams, que ganhou o ano com o hit Happy e seu clipe simples e divertido. A música nacional também tem seus representantes que dão orgulho, como o cantor Silva e o belíssimo clipe de Imergir, uma balada boa para os ouvidos e para os olhos.

Confira abaixo uma seleção com os melhores e piores clipes de 2014.

Continua após a publicidade

‘Happy’ – Pharrell Williams

Pharrell Williams acertou em cheio com a canção Happy, que se tornou um dos principais hits de 2014. Além de ser uma música deliciosa, Happy tem um clipe simples, divertido e que merece entrar na lista de melhores do ano. Nas cenas, Williams dança e caminha pela cidade, juntamente com crianças, adultos, jovens, idosos e até um minion — personagem de Meu Malvado Favorito 2, que tem a música em sua trilha. O cantor foi além e lançou um vídeo online com 24 horas de conteúdo com pessoas dançando ao som de Happy em diferentes lugares do mundo, o que rendeu a ele em abril o prêmio de melhor clipe interativo no Webby 2014, considerado o “Oscar da internet”.

‘Love Never Felt So Good’ – Michael Jackson e Justin Timberlake

Continua após a publicidade

O hit Love Never Felt So Good, que integra o disco póstumo mais recente de Michael Jackson, Xscape, ganhou um clipe com cara de homenagem ao rei do pop, morto em 2009. No vídeo, Justin Timberlake, responsável por gravar o dueto, dá voltinhas e ajusta a jaqueta, movimentos comuns de Jackson em seus vídeos. Os passos mais elaborados, como o famoso moonwalk, o cantor deixa para os bailarinos, que o reproduzem com competência. Trechos e referências de vídeos antigos do cantor também marcam presença na produção, como as mesas de bilhar de Beat It e o chão com pisos luminosos de Billie Jean.

‘Blank Space’ – Taylor Swift

Compatível ao sucesso de seu disco mais recente, 1989, Taylor Swift caprichou no clipe do segundo single do álbum, Blank Space. Acompanhada por um modelo com pinta de galã, Taylor vive uma intensa história de amor, ambientada em um castelo, com direito a jantar romântico e piquenique no jardim. A canção conta a história de um casal apaixonado, que tem um exagerado fim por conta do ciúme doentio da loira: “Eu sou um pesadelo vestido de sonho”, diz um trecho da música. Com o término, desencadeado por uma discussão intensa entre os dois, a cantora deixa aflorar seu lado de atriz e encarna a namorada psicótica, que perde a linha ao jogar o celular do ex na água, queimar suas roupas, quebrar seu carro e rasgar um quadro que havia pintado para ele. 

Continua após a publicidade

‘Levanta e Anda’ – Emicida e Rael

Além do roteiro bem trabalhado, o clipe de Levanta e Anda, fruto da parceria entre os rappers Emicida e Rael, chama a atenção pelo belo trabalho de fotografia e direção de arte. O vídeo mostra a rotina de um bairro da periferia pelo ponto de vista de duas crianças, que, apesar das dificuldades e dos problemas aos quais estão sujeitos, jogam futebol, lutam capoeira e brincam livremente com os amigos pelas ruas.

‘Meu Sol’ – Vanguart

Assim como Pharrel Williams em Happy, a banda Vanguart conseguiu casar com excelência o ritmo da canção Meu Sol com o clipe. A balada romântica do grupo brasileiro, que traz uma sonoridade leve e versos melódicos é sintetizada pelas imagens de um grupo de amigos com espírito hippie viajando sem rumo a bordo de um trailer. A bela fotografia, a simplicidade do roteiro e a naturalidade nas atuações são alguns dos pontos positivos do vídeo.

Continua após a publicidade

‘Imergir’ – Silva

Além da qualidade sonora, o capixaba Silva costuma investir em bons clipes para divulgar seu trabalho. Este ano foi a vez do psicodélico Imergir, que tem como ponto forte uma estética apurada e a presença de paisagens naturais, como florestas, céu estrelado e praia, no caso a do Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. As imagens de objetos flutuando e de um barco navegando apenas com uma árvore a bordo dão o tom surreal perfeito que se encaixa com o ritmo da música guiado por violino, sintetizador e a voz delicada do cantor.

Continua após a publicidade

‘Anaconda’ – Nicki Minaj

Nem o grupo É o Tchan! conseguiu prestar um culto às nádegas como a americana Nicki Minaj e seu horroroso Anaconda. No clipe, Nicki rebola nos mais variados lugares e de maneiras que desafiam a ciência. Seja na floresta, na academia, na cozinha, em um cenário com fundo branco, ou no colo do rapper Drake, a cantora encontra maneiras assustadoras de mexer o traseiro de um lado para o outro, para cima e para baixo – sempre usando o menor número de roupas possível —, sendo que em algumas cenas o movimento é executado em slow motion, para que a mensagem fique ainda mais clara. O teor da letra segue o ritmo do rebolado, com um refrão que diz algo como “Minha anaconda não quer nada, a não ser que você tenha um traseiro grande”.  

‘Animals’ – Maroon 5

No clipe de Animals, o vocalista do Maroon 5, Adam Levine, interpreta um bizarro açougueiro psicopata frustrado. Logo no início do vídeo, ele se apaixona por uma cliente que entra no estabelecimento para comprar carne – mais atraente que isso, impossível. Stalker profissional, ele persegue a garota, a observa em seu apartamento, tira fotos dela dormindo e imagina cenas de sexo acompanhadas por um banho de sangue. Adam, no entanto, é um psicopata do bem. Em vez de sequestrar sua paixão platônica, ou agarrá-la à força, em seu momento físico mais próximo, ele se limita a dar alguns toques no ombro da moça e desiste logo em seguida após ser ignorado. Destaque também para a cena perturbadora em que o cantor faz um cosplay de boi abatido ao se pendurar ao lado dos outros animais mortos em um frigorífico. 

‘Hello Kitty’ – Avril Lavigne

Este ano, a empresa Sanrio soltou a bomba de que Hello Kitty não é uma gata, e sim uma garotinha britânica do signo de escorpião. Uma das explicações para a crise de identidade pode ter sido o clipe enjoativo e vergonhoso de Avril Lavigne, que leva o nome da personagem, lançado alguns meses antes. O vídeo exageradamente colorido e alegre sintetiza a cansativa crise de Peter Pan vivida pela cantora de 30 anos, que demonstra ter certeza absoluta de que ainda é uma adolescente instável, às vezes meiga, outras revoltada. Como se não bastasse, Avril foi acusada de racismo pelos japoneses por estereotipar a cultura do país. Crítica razoável, já que ao longo do vídeo ela abusa de todos os clichês possíveis ao andar pelas ruas de Tóquio, comer sushi, beber saquê e fazer coreografias com dançarinas orientais com expressão de boneca. 

‘Mozão’ – Lucas Lucco

É indiscutível que a intenção do sertanejo Lucas Lucco de abordar o tema do câncer de mama no clipe de Mozão é louvável. A dúvida que fica no ar é se não haviam atores melhores que Lucco e a garota que vive seu par. Tanto os momentos dramáticos, como os românticos e até os mais alegres chegam a causar vergonha alheia pela péssima atuação da dupla e enfraquecem a transmissão da mensagem. Para piorar, o clipe é intercalado com imagens do cantor em uma floresta (oi?) fazendo caras, bocas e poses (e músculos malhados) enquanto canta os versos da canção com cara de dor de barriga. Como a qualidade nem sempre é proporcional ao sucesso, o vídeo se tornou o mais assistido no YouTube em 2014 no Brasil, com mais de 52 milhões de visualizações.

‘Na Batida’ – Anitta

Mais difícil do que assistir aos clipes de Anitta é escolher qual é o pior. Em Na Batida, no entanto, a funkeira se supera ao esbanjar toda a sua falta de talento como atriz. Pior do que a atuação é a falta de nexo na história do clipe, no qual a cantora se divide entre dançarina de salão, coelhinha da playboy, cosplayer de Beyoncé e estrela de K-pop. Em todas as situações ela tem como inimiga uma garota de traços orientais, que tenta sabotar as diferentes personagens por inveja, já que seu namorado se encanta com a sensualidade da protagonista. Como se não bastasse, Anitta copia de modo vergonhoso a famosa cena do filme Flashdance, em que a protagonista dança em frente a um grupo de jurados em um estúdio. 

‘Maluquinha’ – Naldo e Flo Rida

Como se não bastasse a agressão causada aos ouvidos humanos pela música de Naldo e do rapper americano Flo Rida, o funkeiro conseguiu a proeza de criar uma ameaça aos olhos com o clipe de Maluquinha. A lista de problemas do vídeo é longa, como as coreografias bisonhas e improvisadas, além dos elementos cafonas do movimento ostentação, que resulta em uma versão patética dos clipes de rappers americanos, inclusive do próprio Flo Rida. As danças em frente a um conversível vermelho com uma bandeira do Brasil esticada no capô, a festa na piscina animadíssima com cerca de cinco pessoas, a filmagem caseira e a edição digna de um iniciante são outros elementos que formam argumentos suficientes para convencer qualquer um a não assistir ao clipe. Ou, talvez, assistir… para rir. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.