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Por que ‘Born This Way’ manterá Lady Gaga no topo

O disco que chega às lojas nesta segunda é um teste de fogo para a cantora, e ela é aprovada com louvor. O site de VEJA ouviu 'Born This Way' e selecionou quatro potenciais hits

Por Rodrigo Levino
23 Maio 2011, 14h53

A despeito de ter prometido aos fãs lançar “o maior disco da década”, um excesso de narcisismo, Gaga tem cacife para permanecer em alta

Entre agosto de 2008 e novembro de 2009, período em que lançou The Fame e The Fame Monster, num total de 22 faixas, Lady Gaga conseguiu uma façanha: pôs sete músicas no topo das paradas americana e europeia. Impulsionados pelo sucesso de canções como Poker Face, Alejandro, Paparazzi, Bad Romance e Telephone, seus dois primeiros discos venderam, juntos, mais de 18 milhões de cópias.

O marketing pessoal da cantora também ajudou, é claro. Gaga distribuiu polêmicas em escala industrial. Se declarou bissexual; assumiu que sofre de lúpus, uma doença degenerativa; alimentou o boato de que era hermafrodita; encampou campanhas contra bullying e discriminação sexual e adornou cada aparição com roupas estranhas – vestiu uma peça feita de carne durante o MTV Music Awards 2010 e, este ano, chegou a bordo de um ovo gigante à entrega do Grammy .

Em uma declaração ao jornal americano The New York Times, a cantora se autodenominou, com razão, “um show sem intervalo”. Nascida Stefani Germanotta, Lady Gaga se estabeleceu entre a adoração dos fãs (a quem ela chama de “monstrinhos”) que se identificam com a sua postura e as suas músicas, e a detratação de quem a vê como uma espécie de Madonna assexuada (é o que pensa a intelectual Camille Paglia) e um produto de marketing efêmero.

Born This Way, o disco que chega às lojas nesta segunda, seria um teste de fogo depois de ter sobre si todos os holofotes. E ela passa por ele com louvor. O traçado do novo disco, produzido por Fernando Garibay e RedOne, é o mesmo dos anteriores: melodias grudentas, batidas eufóricas, letras que tratam de religião, liberdade e identidade sexual como se fossem livros de auto-ajuda, executadas por uma persona carismática. Musicalmente, é um disco pobre que recicla tecno decadente, mas são poucos os que pensam a respeito disso diante de um show hipnotizante.

A despeito de ter prometido “o maior disco da década”, um excesso de narcisismo, Gaga tem cacife para permanecer no topo. O site de VEJA ouviu as 14 faixas de Born This Way e selecionou quatro potenciais hits – além dos quatro já divulgados desde fevereiro pela cantora. Confira abaixo.

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Born This Way

A canção que dá título ao disco foi acusada de ser cópia de Express Yourself, lançada por Madonna em 1989. Polêmica à parte, a música se tornou um hino de identidade sexual ao pregar que “não importa quem você ame ou como você seja, pois você nasceu assim”.

Ouça trecho da canção

Judas

A canção que é uma ode ao discípulo Judas, que traiu Jesus, e pode ser interpretada também como música de apoio a rejeitados e socialmente inadequados. A provocação religiosa vem acompanhada de um clipe em que Gaga declara amor ao personagem bíblico e atira nele em seguida.

Ouça trecho da canção

The Edge of Glory

Inspirada na morte do avô da cantora, em 2010, a canção fala de solidão e necessidade de abrigo, sentimentos comuns a milhões de jovens, portanto, de fácil absorção. Tem participação do saxofonista Clarence Clemons, que acompanha o cantor Bruce Springsteen.

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Ouça trecho da canção

Hair

Mais uma canção sobre identidade e autoestima em que Lady Gaga, assim como em Born This Way, prega a liberdade de escolha. “Mãe e pai, por que eu não quero ser?”, diz ela em trecho da letra, que parece talhada para alimentar a estima de adolescentes chorosos.

Ouça trecho da canção

Americano

Com parte da letra em espanhol, a música é uma incursão no mercado latino e muito provavelmente será bem sucedida. Além do refrão-baba, G|aga toma para si a voz de uma época ao cantar frases como “Minhas canções são as da revolução / meu coração dói por minha geração”.

Ouça trecho da canção

Marry The Night

Uma canção para pistas de danças. Berrando que quer casar com a noite, Gaga se assume pecadora e desfila um rol de declarações de amor à farra. A música, que começa acompanhada apenas um piano elétrico, cresce até um refrão eufórico e pesado.

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Ouça trecho da canção

Highway Unicorn (Road 2 Love)

Canção de amor escrachada em que a cantora repete ad nauseaum que está no caminho do amor. Possui semelhança melódica com Bad Romance.

Ouça trecho da canção

Electric Chapel

Depois de tanto bate-estaca, uma música que começa com um riff de guitarra à moda hard rock e segue, acredite, com melodia e batida que lembram o clássico brega dos anos 1980 Voyage, Voyage, da francesa Desireless. Não sem uma mistura com My Favorite Game, da banda sueca The Cardigans. Ah, na letra Gaga diz que seu corpo é, vejam só, um santuário e que seu sangue é puro.

Ouça trecho da canção

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