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Cientista diz ter descoberto imagens ocultas em ‘Mona Lisa’

Especialista francês garante que existe um outro retrato por baixo da famosa tela de Leonardo da Vinci

Por Da Redação
8 dez 2015, 12h46

O cientista francês Pascal Cotte afirma ter descoberto a imagem de um retrato por baixo da superfície da Mona Lisa, famosa tela de Leonardo da Vinci. O especialista, que mostrará sua descoberta na quarta-feira em um programa especial da emissora britânica BBC, comentou que dedicou mais de dez anos para analisar a pintura. Segundo ele, a reconstrução mostra outra imagem de uma mulher olhando para uma direção diferente da tela superior. O Museu do Louvre de Paris, onde se encontra exposta a peça, se negou a comentar as declarações, segundo informou o canal britânico.

O autor do descobrimento é cofundador da Lumière Technology de Paris e obteve permissão do Louvre para ter acesso à pintura em 2004. Cotte foi pioneiro no uso de uma técnica chamada Método de Amplificação de Camadas (LAM, sigla em inglês), que empregou para analisar a obra. O processo consiste na projeção de uma série de luzes intensas sobre a pintura. Uma câmera faz as medições das reflexões das luzes, a partir das quais é possível reconstruir o que há entre as camadas coloridas.

Durante mais de meio século, a Mona Lisa foi submetida a diversas análises científicas, com técnicas como inspeções infravermelhas e escaneamento multiespectral, entre as mais recentes. No entanto, Cotte garantiu que sua técnica LAM pode penetrar com maior profundidade a tela. “Agora podemos analisar o que há dentro das camadas de pintura e podemos descascar como uma cebola todas as partes do quadro”, ressaltou o cientista, que explicou que este tratamento permite “reconstruir toda a cronologia” do processo de criação.

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Acredita-se que Leonardo da Vinci realizou esta obra entre 1503 e 1517, quando trabalhava em Florença e depois na França. Apesar do longo debate sobre a identidade da Mona Lisa, durante séculos se achou que se trata de Lisa Gherardini, a mulher de um comerciante de seda florentino. No entanto, Cotte indicou que seu achado desafia esta teoria, já que acredita que a imagem reconstruida sob a superfície do quadro é a Lisa original de Leonardo da Vinci e que o retrato conhecido como “Mona Lisa” durante mais de 500 anos é outra mulher.

“Quando terminei a reconstrução de Lisa Gherardini, estava em frente ao retrato e ela era totalmente diferente à Mona Lisa da atualidade. Esta não é a mesma mulher”, defendeu. O cientista também afirma que encontrou mais duas imagens sob a superfície da pintura: um esboço impreciso de um retrato com uma cabeça e nariz maiores, mas lábios menores, e outra imagem com gravuras de Leonardo de um arranjo para cabelo em pérolas.

Comparativo entre simulação da pintura oculta e do quadro 'Mona Lisa'
Comparativo entre simulação da pintura oculta e do quadro ‘Mona Lisa’ (VEJA)

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As afirmações de Cotte causaram controvérsia e dividiram a opinião entre os especialistas de Da Vinci. O professor emérito de História da Arte na Universidade de Oxford, Martin Kemp, considerou que a ideia de uma imagem oculta por baixo da superfície é “insustentável”. “Não acredito que haja fases que representem diferentes retratos. Vejo isso mais ou menos como um processo de evolução contínuo. Estou absolutamente convencido que Mona Lisa é Lisa”, afirmou.

O historiador de arte Andrew Graham-Dixon realizou um documentário para o canal BBC, Os Segredos da Mona Lisa, no qual estuda os documentos históricos vinculados à pintura ao longo das descobertas científicas de Cotte. Graham-Dixon não duvidou que esta descoberta representa um “adeus” a Mona Lisa e se transforma em “uma das histórias do século”, apesar de dizer que haverá “certa reticência” por parte das autoridades do Louvre para mudar o título do quadro.

(Da redação com agência EFE)

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