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‘Casamento Grego 2’ conquista com clima nostálgico

Trama leve resgata bom humor que fez do filme independente de 2002 um sucesso mundial

Por Rafael Aloi
31 mar 2016, 09h33

Em 2002, a descendente de gregos Toula Portokalos (Nia Vardalos) desafiou a família ao se casar com um americano não grego, Ian (John Corbett). A história aparentemente simples foi base da comédia romântica Casamento Grego, que contou com modestos 5 milhões de dólares em seu orçamento. A combinação surpreendeu. O filme foi sucesso de bilheteria, arrecadando 368 milhões de dólares no mundo; conquistou uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original; e se tornou alvo de idolatria para os fãs de cultura pop. Tão adorado, que ganhou uma sequência, Casamento Grego 2, que entra em cartaz nesta quinta-feira no Brasil. Assim como o primeiro filme, a nova produção aposta em uma história leve, mas que ainda consegue arrancar risadas sinceras do público – o efeito nostalgia ajuda.

Todo o elenco do primeiro longa retorna para a sequência, que conta com dois novos nomes, o diretor Kirk Jones (Nanny McPhee, a Babá Encantada) e a atriz Elena Kapouris (Homens, Mulheres e Filhos), que vive Paris, a filha do casal protagonista. O roteiro mais uma vez é assinado por Nia Vardalos, a intérprete de Toula, que voltou a trabalhar no restaurante do pai. Ian agora é diretor de uma escola e enfrenta problemas com a filha adolescente, que sente vergonha da barulhenta família grega e pretende estudar numa universidade bem longe de todos. Enquanto isso, os pais de Toula, Gus (Michael Constantine) e Maria (Lainie Kazan), descobrem que sua certidão de casamento nunca foi validada e, portanto, precisam fazer uma nova cerimônia, dando a desculpa para mais uma festa caótica.

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O filme é repleto de frases e sequências engraçadas. Muitas remetem às piadas do primeiro longa, como a mania de Gus em usar vidrex como o remédio absoluto, ou que a origem de todas as palavras vem do grego. Além do patriarca, outra personagem que garante boas risadas é Tia Voula (Andrea Martin), que sabe como ninguém constranger qualquer parente – a famosa tia sem noção, elevada à décima potência. Os dois veteranos, aliás, são os principais responsáveis pelo bom tom de humor da trama.

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Contudo, a produção sofre com a falta de um grande conflito central. Não existe um desafio ou obstáculo a ser ultrapassado. Seja na trama envolvendo a adolescente rebelde, ou na festa do casamento dos patriarcas, tudo é resolvido de forma fácil. O roteiro à la Poliana pode prejudicar a atenção do espectador, que fica sem nenhuma intriga para se envolver. Os protagonistas também estão mais apagados no novo longa. Apesar dos muitos anos que se passaram, os dois não amadureceram e se tornaram apenas mais um casal comum. Assim, o foco e a dinâmica do longa são roubados pelos coadjuvantes, como Paris, Tia Voula e Maria.

Ao contrário do primeiro filme, que através de uma história simples tocava em questões como feminismo e padrões culturais, a sequência nada acrescenta ao espectador. A história pouco instigante faz com que o grande apelo de Casamento Grego 2 seja a combinação de humor e nostalgia. As incansáveis piadas, combinadas às interpretações exageradas dos atores (que se sentem bem reprisando papeis que os tornaram famosos), garantem momentos de diversão e entretenimento. E nada mais.

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