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Cantores de música country dos EUA saem do armário

Por Da Redação
27 nov 2014, 19h09

O tradicional mundo da música country, ancorado na vida rural e conservadora dos Estados Unidos, como a música sertaneja brasileira, está sendo abalado por revelações sobre a homossexualidade de alguns cantores. Dois conhecidos nomes resolveram sair do armário com apenas algumas horas de diferença, na semana passada.

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O primeiro, Ty Herndon, de 52 anos, é uma estrela nos EUA desde os anos 1990, conhecido por suas músicas cristãs e românticas. Herndon abriu o coração à revista de fofoca People: “Sou um homem gay orgulhoso e feliz”. Casado duas vezes, Ty Herndon reconheceu que lutava interiormente desde a infância para assumir sua homossexualidade. Agora tem um companheiro e garante ter se reconciliado sua fé e sua orientação sexual. “Me sento na parte de trás da minha caminhonete, medito e falo com Deus”, declarou à revista.

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O outro é o jovem cantor Billy Gilman, 26, que postou no YouTube um vídeo para escancarar sua sexualidade. “Ser um cantor country gay não é a melhor coisa que já me aconteceu”, diz o artista no vídeo, lembrando que o country é um “gênero musical que tem vergonha” de quem ele é. “Depois de ter vendido 5 milhões de discos, vi que faltava algo quando nenhuma grande gravadora queria escutar meu novo material”, falou Gilman, cujos primeiros sucessos datam de 2000, quando tinha 11 anos.

Nasvhille insular — Ser abertamente gay tampouco foi simples em outros gêneros musicais. Elton John e George Michael, por exemplo,esperaram ser famosos para assumir publicamente a sua sexualidade. No mundo do hip hop, o tabu continua muito forte. Frank Ocean, que afirmou em 2012 que seu primeiro amor foi um homem, é uma exceção, e Jay Z elogiou a sua coragem.

Mas a sociedade americana evolui rapidamente na matéria. Casais do mesmo sexo podem se casar em 35 dos 50 Estados.O último a aprovar o casamento gay foi a Carolina do Sul, um local conservador onde a música country faz parte da identidade regional.

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A cultura country também não é uniforme. Dolly Parton, uma de suas figuras mais conhecidas, é adorado por seus fãs gays. Outras duas estrelas do country, Chely Wright e k.d. lang, são abertamente lésbicas. A vencedora da canção country do ano foi Kacey Musgraves, por Follow Your Arrow, cuja letra sexualmente neutra alude o amor gay e a maconha, e pede que ignorem a opinião dos demais. “Vocês se dão conta do que isso significa para a música country?”, perguntou Musgraves. A canção foi escrita com Brandy Clark e Shane McAnally, ambos abertamente gays.

Mas onde chegará Nashville, a cidade do Tennessee sede da indústria da música country? Os empresários e pessoas influentes formam ali um microcosmos e para eles o objetivo são as mulheres de entre 30 e 35 anos, disse Joseph Brant, do jornal local LGBT, Out & About Nashville. “Eles não são anti-gays. Mas tentam adivinhar qual é seu público-alvo”, afirma Brant, explicando que temem que essas mulheres não se apeguem muito a artistas homossexuais.

Ty Herndon e Billy Gilman são, certamente, grandes nombres, mas já o eram há muito tempo. “Se eles saíssem do armário essa semana, ao mesmo tempo que o primeiro hit deles, todo o sistema iria por água abaixo”, disse Brant.

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(Com agência

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