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Caetano Veloso: Procure Saber ficou ‘traumatizado’ com debate das biografias

Músico falou sobre a reunião do grupo, que aconteceu na última segunda-feira e tratou de questões de direitos autorais e regulamentações na área de música

Por Da Redação
12 set 2014, 02h48

A página no Facebook da associação Procure Saber, liderada pela empresária Paula Lavigne, compartilhou imagens da reunião que ocorreu na última segunda-feira para discutir questões de direitos autorais e regulamentações na área de música. O encontro contou com a presença de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan, Anitta, Zezé di Camargo, Marisa Monte, entre outros. A postagem também traz um texto de Caetano, que afirma que o grupo ficou “traumatizado” com as discussões no ano passado sobre a publicação de biografias.

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“Fui na segunda-feira a uma reunião da APS, Associação Procure Saber. Isso não acontecia faz tempo. Acho que desde a confusão por causa das biografias (a diretoria vinha se reunindo e trabalhando mas os conselheiros não eram convocados – e eu sou um deles)”, escreveu o músico. O grupo ficou conhecido em 2013 ao se opor à liberação da publicação de biografias sem aprovações prévias das pessoas retratadas. “Todos lá sabem que eu nunca fui pela exigência de autorização para que biografias fossem publicadas, mas que prometi não atrapalhar – e até ajudar – meus amigos que não pensam assim. E que terminei descobrindo quantas razões eles tinham para ter a postura crítica da lei liberadora sumária que acabou sendo adotada. (…) Mas a turma da APS (diferentemente de mim) não quer mexer nesse tema, que a traumatizou em medida considerável. Pelo menos não agora.”

Caetano afirma que o Procure Saber tem como foco agora o novo modelo de gestão do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). Desde 2013, uma nova regulamentação permite, pela primeira vez, que seja criado um órgão fiscalizador ligado ao Ministério da Cultura para acompanhar os números do escritório. Artistas também poderão atuar como agentes neste grupo fiscalizador. Outra mudança foi um aumento do repasse do valor arrecadado aos compositores, de 75% para chegar a 85%. “Fiquei sabendo que houve um encontro entre membros da Procure Saber e o Ecad. Houve quem dissesse que o Ecad recebeu os diretores da APS de portas abertas. Houve quem contestasse que o que houve foi apenas uma receptividade imposta ao Ecad pelas conquistas do GAP (Grupo de Apoio Parlamentar, que conta com Leoni, Frejat, Sérgio Ricardo, Tim Rescala, Fernanda Abreu, Ivan Lins e tantos outros) e da Procure Saber. Em ambas situações, a proximidade só aconteceu após a aprovação da nova lei”, escreveu.

O músico também falou sobre o acordo fechado entre o Ecad e emissoras e operadoras de televisão por assinatura sobre o pagamento dos direitos autorais de músicas executadas durante a programação da TV. “Lembrei-me que ouvi de músicos cariocas, pessoal avisado, que a grande distribuição que se seguiu ao acordo fechado entre o Ecad e as grandes redes de TV (Globo sobretudo) era prova de que o Ecad funciona bem. O fato é que a APS, seguindo os passos do GAP e trazendo-o para dentro de si, foi quem provocou a distribuição pelo Ecad de cerca de R$ 800 milhões em acordos que se arrastavam por anos entre o escritório de arrecadação e empresas como Globo, Sky e NET”.

(Com Estadão Conteúdo)

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