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Benedict Cumberbatch se desculpa por usar termo racista

O protagonista de 'Sherlock' foi alvo de críticas após entrevista a programa americano em que se referiu a negros como 'pessoas de cor'

Por Da Redação
27 jan 2015, 19h19
Benedict Cumberbatch chega para a exibição do filme 'The Fifth Estate' no 38º Festival Internacional de Cinema de Toronto
Benedict Cumberbatch chega para a exibição do filme ‘The Fifth Estate’ no 38º Festival Internacional de Cinema de Toronto (VEJA)

O ator britânico Benedict Cumberbatch, indicado ao Oscar por O Jogo da Imitação e protagonista da série Sherlock, da BBC, foi alvo de críticas por utilizar o termo “de cor”, considerado racista, ao se referir a atores negros em entrevista ao programa Tavis Smiley Show, da rede americana PBS, veiculado no último dia 21.

“Eu acho que, quanto mais longe os atores de cor chegam, mais complicado se torna a situação na Inglaterra. Muitos dos meus amigos tiveram mais oportunidades nos Estados Unidos do que no Reino Unido, e isso precisa mudar”, argumentou Cumberbatch durante o programa, defendendo uma abertura maior para atores negros. O uso da expressão “de cor” (“coloured”), no entanto, repercutiu mal, o que levou o ator a se desculpar e se dizer um “idiota” por ter escolhido o termo durante o debate. Na língua inglesa, “coloured” é uma palavra considerada racista e anacrônica.

Em entrevista ao jornal britânico The Independent, o porta-voz da comunidade contra o racismo “Mostre ao Racismo o Cartão Vermelho” disse que, ainda que eles aplaudam a mensagem de Cumberbatch, eles também condenam o uso do termo inapropriado. “Benedict Cumberbatch destacou uma séria questão da indústria de entretenimento e da sociedade”, disse o porta-voz. “Ao mesmo tempo, ele destacou a questão de se discutir o uso de uma terminologia apropriada. Nós achamos que o termo ‘de cor’ é anacrônico e pode ofender devido à sua associação a outros contextos históricos.”

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No ano passado, o inglês se viu em meio a uma controvérsia semelhante, quando Stacey Cumberbatch, comissionária da cidade de Nova York, declarou ao The New York Times que um dos fundadores da família de Benedict escravizou familiares dela em um engenho de açúcar em Barbados. O ator não se omitiu e divulgou informações sobre o passado escravocrata de sua família, nas quais revelava que sua mãe já havia lhe advertido quanto ao uso do sobrenome, que poderia causar problemas como esse.

Segundo o jornal britânico The Guardian, o debate na rede americana PBS veio à tona em um momento em que os atores negros ingleses estão conquistando papéis de grande visibilidade e sucesso em Hollywood. Em 2014, Chiwetel Ejiofor foi indicado ao Oscar na categoria de melhor ator pelo personagem Solomon, em 12 Anos de Escravidão, longa de que Benedict também participou. Este ano, David Oyelowo viveu Martin Luther King em Selma, de Ava DuVernay, que também concorre a prêmios, inclusive no Oscar.

‘Boyhood’

Boyhood – Da Infância à Juventude é uma ousada produção do diretor Richard Linklater, que acompanhou a vida de um grupo de atores durante 12 anos, para mostrar o rito de passagem de um garoto para a vida adulta. O projeto venceu o Globo de Ouro na categoria de filme dramático e conquistou seis indicações ao Oscar 2015. O filme está em cartaz desde outubro de 2014.

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‘Birdman’

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), dirigido por Alejandro G. Iñárritu, conta a história de Riggan Thomson (Michael Keaton), um ator famoso por interpretar o super-herói Birdman no cinema nos anos 1990, que agora tenta ganhar prestígio com uma peça na Broadway. O longa foi um dos mais indicados ao Oscar 2015, com nove categorias, e saiu vencedor em duas no Globo de Ouro, com melhor roteiro e melhor ator em comédia para Keaton. No Brasil, Birdman está em cartaz desde 29 de janeiro de 2015.

‘Sniper Americano’

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Dirigido por Clint Eastwood, o filme é uma adaptação do livro Sniper Americano: O Atirador Mais Letal dos EUA (Intrínseca), e conta a história real de Chris Kyle (Bradley Cooper), atirador de elite das forças especiais da marinha americana que sobreviveu a quatro missões no Iraque. O filme chegou ao cinema no Brasil em 19 de fevereiro de 2015.

https://youtube.com/watch?v=9EkcUR2VSHI

‘O Grande Hotel Budapeste’

Sob a direção de Wes Anderson, o longa acompanha M.Gustave (Ralph Fiennes), gerente de um hotel na fictícia República de Zubrowka, e seu fiel amigo, o jovem empregado Zéro (Tony Revolori). O Grande Hotel Budapeste se passa no período entre as duas guerras mundiais e consta nas peripécias vividas pela dupla o roubo de uma valiosa obra do Renascimento e as transformações do cotidiano durante a primeira metade do século XX. O filme está em cartaz no Brasil desde julho de 2014.

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‘O Jogo da Imitação’

Mortem Tyldum dirige a cinebiografia do matemático Alan Turing (Benedict Cumberbatch), importante personagem que contribuiu com seus conhecimentos de lógica, criptografia e ciência para decifrar o código da Enigma, uma máquina utilizada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Acredita-se que as ações de Turing encurtaram a guerra em cerca de dois anos. Contudo, o matemático tem um fim trágico e acaba condenado pela Grã-Bretanha por ser homossexual. O filme chegou aos cinemas brasileiros em 29 de janeiro de 2015.

‘A Teoria de Tudo’

Baseado na biografia A Teoria de Tudo: A Extraordinária História de Jane e Stephen Hawking (Única), o filme do diretor James Marsh apresenta um olhar sobre a vida do físico interpretado por Eddie Redmayne. A trama acompanha um longo período da trajetória de Hawking, que abrange suas descobertas, seu relacionamento com a esposa Jane (Felicity Jones) e a  convivência com a doença que lhe tirou os movimentos do corpo e a fala. No Brasil, o filme estreou em 29 de janeiro.

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https://youtube.com/watch?v=5DTWvCuS6-s

‘Selma’

O longa, dirigido por Ava DuVernay, apresenta as campanhas para assegurar a equidade dos direitos de votos dos negros americanos realizadas por Martin Luther King (David Oyelowo), em 1965, entre as cidades de Selma, interior do Alabama, até a capital, Montgomery. O filme chegou ao Brasil em 5 de fevereiro de 2015.

‘Whiplash’

Em Whiplash: Em Busca da Perfeição, o diretor Damien Chazelle mantém o foco no relacionamento entre um jovem baterista e o seu mentor, um professor de jazz que não mede esforços para elevar ao máximo o potencial do seu aluno. O filme está em cartaz desde 8 de janeiro de 2015 nos cinemas brasileiros.

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