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Autor de ‘O Dia do Chacal’ admite que foi espião

Escritor de thrillers de espionagem, Frederick Forsyth finalmente confirmou, em autobiografia, que foi agente do serviço secreto inglês por mais de duas décadas

Por Da Redação
1 set 2015, 10h02

Está saindo do prelo a confissão do escritor Frederick Forsyth, que enfim admitirá, após décadas de desconfiança, que, sim, foi um espião. Em The Outsider (algo como O Marginal), autobiografia a ser lançada na próxima semana na Inglaterra, o autor de O Dia do Chacal conta que trabalhou como agente secreto por mais de 20 anos. Isso ajuda a entender a riqueza de detalhes de seus thrillers de espionagem, que sempre despertaram a curiosidade de leitores.

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Forsyth, que foi piloto da Real Força Aérea inglesa e jornalista antes de se lançar escritor, foi procurado por um membro do serviço secreto inglês MI6 em 1968. Na ocasião, o conflito de Biafra, Estado que buscava a independência da Nigéria, se desenrolava havia 15 meses, e o serviço queria alguém que conhecesse bem a região e pudesse fazer relatórios diretamente do local. Forsyth havia atuado como freelancer escrevendo sobre o Estado separatista. À época, Forsyth escrevia sobre o conflito e o desastre humanitário dele decorrente para diferentes jornais e revistas, mas para o serviço secreto fornecia informações não passadas à imprensa.

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À rede estatal britânica BBC, ele disse não ter sido pago pelo serviço prestado. “O espírito da época era outro, havia a Guerra Fria”, explicou, aludindo ao apoio da antiga União Soviética à Nigéria. “Se alguém pedisse um favor que pudesse ajudar o lado capitalista, era difícil negar.” O material produzido por Frederick Forsyth em Biafra deu origem ao seu primeiro livro, The Biafra Story, centrado na luta do Estado, até hoje não amplamente reconhecido como República. Mais tarde, ele realizou missões de investigação na Rodésia e na África do Sul, e em 1973, dois anos após a publicação de seu romance de estreia, O Dia do Chacal, foi para a Alemanha Oriental recuperar um pacote.

Frederick Forsyth, 77, disse ao jornal Sunday Times, que revelou o conteúdo da autobiografia, ter resolvido falar agora porque já se passaram 55, 60 anos. “Não existem mais Alemanha Oriental, URSS, então, qual seria o dano?”

O escritor diz não ter recebido nada pelo trabalho feito para o MI6, mas pôde consultar o serviço secreto enquanto pesquisava para seus livros. Ele é autor de 13 livros bem sucedidos comercialmente, como Cães de Guerra, O Dossiê Odessa e A Alternativa do Diabo.

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