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Amigos e fãs se despedem de Chico Anysio em velório

Humorista morreu na sexta-feira, no Rio, após um longo período hospitalizado

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 mar 2012, 14h13

A escadaria do Teatro Municipal, no centro do Rio de Janeiro, está tomada por coroas de flores. Do lado de dentro, o corpo do humorista Chico Anysio, que morreu na sexta-feira, é velado por familiares e amigos. No entorno, grudados às grades, fãs aguardam a liberação para a entrada. Eles querem ver, muitos pela primeira vez, fora das telas o humorista. “Esse cara é um patrimônio”, dizia um homem na fila. O início do velório, marcado para as 12 horas, foi antecipado. O corpo chegou às 6 horas do hospital Samaritano, em Botafogo. A mulher de Chico, Malga, está desde as 8 horas no teatro. Galeria: O velório de Chico Anysio Alcione Mazzeo, ex-mulher de Chico, disse que a morte do humorista é uma grande perda para o Brasil. “Ficamos mais pobres de humor e de arte”. A atriz Gloria Pires também esteve no velório e preferiu ser breve nas palavras: “O trabalho dele fala por si só.” O humorista Tom Cavalcante lembrou um papel desempenhado por Chico longe dos holofotes. “Era um franciscano na profissão. Ninguém sabe disso, mas ele ajudou muitas pessoas”, disse. Leandro Hassum definiu Chico como “um paizão”. “Sentar para conversar com ele era sempre uma aula.” Além dos artistas que vieram para a última homenagem ao mestre do humor brasileiro, pessoas de diversas regiões do Rio de Janeiro – e até mesmo de outros estados- fazem fila sob um sol escaldante para se despedir. De São João Del Rei, em Minas Gerais, chegou a família de Neice Aguiar, de 43 anos. Em visita ao Rio, ela e os três filhos não perderam a chance de dar adeus a Chico. “Nunca tive a oportunidade de vê-lo antes. Vou aproveitar agora, mesmo que seja dessa forma triste”, disse. O filho Cauã, de 8 anos, está ansioso. “Quando voltar a São João, vou contar para o meu avô que eu conheci o Chico.” Muitos fãs deixaram a Baixada Fluminense e a zona norte durante a manhã rumo ao Municipal. “Eu assisto os programas do Chico desde os 10 anos de idade. Estou muito triste. Chorei muito. Deus não podia levá-lo agora”, disse Mirlene da Silva, de 45 anos, que leva nas orelhas brincos com a imagem do humorista. Robson de Andrade, da cidade de Belford Roxo, definiu a sensação da maioria das pessoas presentes no entorno do Teatro Municipal: “Ficamos sentidos. É como se fosse uma pessoa da família.” Saúde frágil – Chico Anysio morreu às 14h52m de sexta-feira, no hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio. Ele teve falência múltipla dos órgãos decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar. Durante o ano de 2011, o humorista foi e voltou algumas vezes à unidade de saúde. Ainda nos primeiros meses, Chico passou noventa dias hospitalizado por causa de dores no peito e teve de ser submetido a uma angioplastia para desobstrução de artéria, seguida de uma traqueostomia. A partir do fim do ano, o estado de saúde do humorista voltou a piorar. Com infecção urinária, foi internado novamente. Recebeu alta em 21 de dezembro, mas no dia seguinte teve de retornar ao hospital para tratar de uma hemorragia intestinal. Desde então, o quadro se complicou. Na última terça-feira ele voltou a respirar com a ajuda de aparelhos. Na quarta, passou por uma sessão de hemodiálise. Na quinta, o médico de Chico, Luiz Alfredo Lamy, classificou o estado clínico do paciente como “crítico”. A família chegou a ser chamada ao hospital e, na sexta-feira à tarde, o humorista morreu. LEIA TAMBÉM: Morre Chico Anysio, um dos gênios do humor brasileiro

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