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O legado de Michael, segundo críticos e músicos

Por Maria Carolina Maia e Luiz De França
25 jun 2009, 20h19

Leia a seguir a opinião do crítico musical de VEJA, Sérgio Martins, e de músicos brasileiros sobre a importância e o legado de Michael Jackson, morto nesta quinta-feira, para o cenário pop mundial:

Sérgio Martins, crítico de música de VEJA

“Michael Jackson foi um dos grandes revolucionários da música negra nos Estados Unidos. Ele foi um artista único, que não só redefiniu a música americana como a música pop atual. Vemos ecos dele em Justin Timberlake e nos artistas do chamado R&B. Ele foi também o primeiro artista negro a quebrar a barreira da MTV: a emissora não tocava músicas de artistas negros até Thriller, nos anos 1980. Além disso tudo, ele foi um showman, um artista que dominava o palco como poucos.”

Zélia Duncan, cantora

“Michael Jackson, com seu talento genial, tocou em vários pontos e influenciou muitos aspectos do nosso tempo. A música pop nunca mais foi a mesma depois dele. Seu canto, sua atitude musical e seu comportamento, seus clipes, sua dança e carisma revolucionaram a música e a indústria. O fato de ele ter morrido tão precocemente me faz pensar nas excentricidades todas, em Neverland – tudo isso era um desejo de não envelhecer e, de certa forma, ele conseguiu isso… e sumiu.”

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Ed Motta, músico

“Michael Jackson é o cara que colocou no mundo da música, por mais de uma década, a ideia do soul mais tradicional de James Brown e Jackie Wilson. Ele trouxe isso para uma estética que precedeu o hip hop e deu uma contribuição comportamental para a música. Independemente dos escândalos em que que se envolveu, ele deixará a marca do disco mais vendido da história: Thriller. Escândalo é algo inerente ao mundo pop: estão aí James Brown, Rolling Stones e Jerry Lee Lewis para provar.”

Simoninha, músico

“Sempre fui fã de Michael: ele é da minha geração, por isso cresci acompanhando ele nos Jackson 5. Ele construiu uma obra muito significativa e que agora deve voltar a ter valor. Alguns discos dele são imprescindíveis, como Thriller e Off The Wall. Ele me lembra muito o Elvis Presley: um cara que chegou ao topo do mundo, mas depois teve uma série de problemas e acabou caindo. Depois de tudo o que ele viveu, seria difícil buscar energia para o êxito artístico agora. Sua grande marca foi conseguir juntar gente em tudo quanto é canto do mundo através da música. Em determinados momentos, ele conseguiu fazer isso. Ele, Elvis, os Beatles: eles são os grandes.”

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João Marcello Bôscoli, presidente da gravadora Trama

“Michael Jackson foi um dos artistas mais talentosos do século XX. Sua obra musical tem frescor, originalidade e energia. Criou assinaturas no campo da dança, da linguagem audiovisual eletrônica e dos espetáculos. Sua obra tem os chamados ‘valores eternos’, portanto sobreviverá ao tempo e seguirá influenciando gerações de artistas e criativos, mesmo que näo conheçam sua obra. Era um inventor.

Sua morte foi a mais longa da história do show business. Que ele agora possa descansar.”

Jorginho, diretor do blobo musical Olodum, de Salvador (BA)

“Eu participei da gravação do clipe They Don’t Care About Us, em 1996, como um dos 200 percussionistas. Ele foi muito simpático, cumprimentou todos os que se aproximavam para falar com ele e vestiu a camisa do Olodum. Para a gente, sem dúvida, foi um marco. Sempre fui fã dele, desde criança, e sempre ouvi tudo o que ele gravou. Ele foi um astro como poucos que passaram por este planeta, um artista que atingiu várias gerações, que admiram o seu som e o seu jeito de dançar.”

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