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Acusada de surto em show gay, Angela Ro Ro se defende: ‘Tive medo de morrer’

Cantora teria discutido com o público no festival For Rainbow, de onde saiu acusada de racismo e homofobia

Por Henrique Castro
2 out 2015, 20h58

Homossexual assumida, a cantora Angela Ro Ro era a grande atração da abertura da 9ª edição do For Rainbow, festival cearense em prol da diversidade sexual que promoveu uma grande festa na noite desta quinta-feira, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. O show, porém, acabou em uma verdadeira confusão, envolvendo a cantora, o público e até mesmo os técnicos de som do espetáculo. A artista teria perdido a paciência em um determinado momento e disparado impropérios contra a plateia, atingida por termos como “viadinhos” e “bichinhas”, e saiu do palco acusada de homofobia e de racismo — ela teria chamado de “caboclinho” um técnico de som, em quem admite apenas ter jogado água.

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Ninguém sabe dizer ao certo como a confusão começou. Angela alega que em um certo ponto do show se sentiu ofendida pela plateia, que lançava latinhas contra ela, e chegou a temer pela vida, mas não reagiu. “Me chamaram de sexista, eu nem sei o que é isso”, diz. Procurada pela reportagem, a organização do festival apenas confirmou a barafunda, sem dar detalhes. A página oficial do evento também faz uma referência rasa ao ocorrido. Um comunicado publicado nesta sexta-feira informa que a organização “repudia todas as declarações ditas ao público pela cantora Angela Ro Ro” e pede desculpas a qualquer pessoa que possa ter “se sentido ofendida ou agredida” pela cantora.

A advogada Luanna Marley, que estava no local, publicou também no Facebook a sua versão dos fatos. Segundo ela, Angela, além de cuspir ofensas sobre a plateia, também distribuiu pontapés. “A tal ‘cantora’, antes e durante o seu show, chamou a plateia cearense de bandidinhos e chutava pessoas que estavam próximas ao palco”. Luana ainda afirmou ter subido ao palco para tentar impedir o “show de racismo” da artista. Segundo ela, parte da plateia aplaudia as atitudes de Ângela.

Ao site de VEJA, por telefone, Angela afirmou que o palco não tinha nenhum segurança, o que possibilitou que um rapaz subisse e tentasse dar uma “rasteira” na artista, mas caiu no chão antes. “Ele estava completamente bêbado, se tivesse me atingido, teria fraturado minha perna.”

A cantora disse muitas vezes, à reportagem, ter sentido medo de morrer. “Não sou presidente dos Estados Unidos para morrer no teatro”, disse, antes de afirmar que foi alvo de latinhas de cerveja e copos por parte do público e de ter sido ofendida pelo operador de som, em quem admitiu ter jogado água. De acordo com a cantora, ela terminou o show, apesar de ter se visto obrigada a deixar de lado algumas músicas por conta das confusões. Ainda acrescentou que foi uma parcela pequena do público que a ofendeu, e que chegou até a oferecer a mão para os fãs em uma parte do show. A cantora ainda disse que o teatro estava repleto de “menores de idade completamente bêbados”.

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