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O paradoxo de A Fazenda 3: modorra que dá audiência

Fraco em conteúdo, o reality show de quase-famosos rende audiência à Record

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 dez 2010, 14h48

Se todo reality show dá a sensação de que escolhas não ditadas pelo público regem a movimentação de seus participantes, A Fazenda 3 é com certeza uma exceção. Desde a sua primeira eliminação, quando deu adeus à apresentadora Monique Evans, furacão capaz de agitar a atração, o programa vem perdendo semana a semana seus personagens mais interessantes. Geisy Arruda, Sergio Mallandro, Tico Santa Cruz, Viola e Mulher Melancia já estão em casa, acompanhando de longe quase-famosos insossos como Luiza Gottschalk, Lisi Benitez e Janaina Jacobina. Apesar disso, a audiência segue alta, e o reality show chega por vezes a colocar a Record à frente da Globo. Nesta terça-feira, mesmo, a eliminação da chatinha Ana Carolina Dias (quem?), que para defender sua permanência no programa alegou ter “bom coração”, rendeu 16 pontos no ibope, com 19 de pico, contra 11 da rival carioca. O que explica, afinal, o bom desempenho do reality em audiência?

Há uma série de possibilidades para explicar o fenômeno A Fazenda: o programa de conteúdo fraco – nem se discute aqui se é entretenimento ou cultura, é claro que é entretenimento e que tem nível raso, mas mesmo nesses quesitos o Big Brother Brasil é mais interessante – que atrai um bom número de espectadores. A primeira, a de que o público, ao decidir quem fica e quem sai do reality show, construa na tela as histórias a que realmente quer assistir. E siga vendo a obra que construiu.

A segunda, a de que a programação dos outros canais seja tão ruim que A Fazenda seja um alívio para quem quer ver televisão. Impressiona, no entanto, saber que o reality show da Record já bateu até jogo de futebol: há poucas semanas, ficou à frente do duelo Palmeiras x Goiás.

Uma terceira possibilidade, e mais óbvia, é de que o público goste de bisbilhotar a vida das celebridades – ou subcelebridades. O mundo vive a era das personalidades, é fato, e um reality show que se propõe a confinar figuras quase-famosas pode oferecer petiscos para os interessados em escarafunchar a vida alheia. “Estamos vivendo tempos muito estranhos”, declarou a respeito o ator Johnny Depp. Estranhos, mesmo, ainda mais considerando o elenco do programa da Record, feito de gente de tão pouca expressão.

Considerando ainda que não é pelo carisma do apresentador Britto Jr. que o público escolhe a Record, analisar essas possibilidades é tão somente uma maneira de fazer o mistério aumentar. O que faz com que tantos espectadores sejam atraídos por um programa monótono, em que pouca coisa acontece além de tédio e choro? A menos de uma semana para o fim, na próxima terça-feira, é possível que a pergunta acabe sem resposta.

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